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São Pedro Damião

Redação - 21 de fevereiro de 2019 - 09:00

São Pedro Damião, Bispo e Doutor da Igreja, nasceu em Ravena, Itália, em 1007, com o nome de Pedro. De família pobre e numerosa, muito cedo ficou órfão de pai e mãe e foi criado pelos irmãos. Foi muito maltratado pelos irmãos, até que um deles o acolheu e o colocou para estudar. Em reconhecimento, juntou ao seu nome, o nome deste irmão, que se chamava Damião. Pedro Damião era de saúde delicada e dotado de rara sensibilidade. Vivia austeramente e nutria um grande amor a Nossa Senhora. Aos 28 anos entrou para a Ordem dos Camaldulenses, no Mosteiro de Monte Avellana onde os religiosos viviam como eremitas, sendo mais tarde foi escolhido para superior do mosteiro. Fundou alguns mosteiros semelhantes ao de Monte Avellana e com mão firme os dirigiu. Viveu numa época em que a Igreja passava por muitas dificuldades, mergulhada em discórdias e cismas, e por isso mesmo, carente de homens cultos e austeros como ele. Denunciou e atacou severamente os abusos, a corrupção e os desvios existentes na Igreja, como a simonia, ou seja, a venda de objetos sagrados e de cargos eclesiásticos. Seus discursos e escritos despertavam polêmicas. Destacou-se tanto como abade, que o Papa o nomeou Bispo e Cardeal de Óstia, cargo que aceitou com relutância. Foi um incansável mensageiro da paz. Viajou muito para resolver missões diplomáticas espinhosas, principalmente na Alemanha, França e Itália. Colaborou muito para a reforma da Igreja no século XI, e de modo particular com o grande reformador Hildebrando que, mais tarde veio a ser o Papa Gregório VII. São Pedro Damião deixou vários escritos sobre a vida de santos, além de sermões e de 158 cartas. Morreu no ano 1072, em Faenza, quando voltava de uma de suas missões de paz. Foi logo venerado como santo pelo povo, mas somente em 1828 foi canonizado pelo Papa Leão XII que também o declarou Doutor da Igreja, por seus inúmeros escritos teológicos.

Hoje, como no passado, o mundo continua carente de apóstolos sensíveis, austeros, firmes, francos, e corajosos, dispostas a denunciar erros, curar feridas, encurtar distâncias e aproximar os povos. Hoje, tanto quanto no tempo de São Pedro Damião, a Igreja anseia por missionários que marquem presença no campo da educação, da saúde, do trabalho e da política, por cristãos comprometidos com o bem, a verdade e a justiça. Ser missionário não é tarefa de alguns. É missão de todos os batizados.

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