O trabalho diário (em dois e até três períodos) a que tem se submetido no Reffis do Tricolor desde junho do ano passado quando passou por cirurgia para se recuperar de uma delicada lesão no joelho direito (LCA, a mesma de Ronaldo) está surtindo o efeito desejado ao volante Fredson, que já vê seu retorno aos campos bem próximo.

No início desta semana, Fredson passou por um teste isocinético, que avalia equilíbrio e força muscular. O resultado - muito importante para liberá-lo - surpreendeu a todos os profissionais do Reffis, que consideram a lesão do meio-campista das mais complicadas para reabilitação.

"O Fredson apresentou nos testes de hoje valores melhores que havia mostrado quando chegou ao clube, em fevereiro de 2007", comemorou Ricardo Sasaki, fisioterapeuta do São Paulo. "Isso nos dá conforto e uma confiança muito grande em vê-lo em campo logo", acrescentou.

O jogador tem sido acompanhado pela equipe do Reffis em todos os trabalhos internos e no campo. Ele já trabalha com bola, faz giros e treinos físicos técnicos. Sua fase é de readaptação ao campo de jogo e logo será liberado para treinar normalmente.


Bate-bola com Fredson

Como você se sente hoje, oito meses após a cirurgia?
Muito bem e feliz por ter certeza de voltar a jogar novamente.

Ainda sente dificuldade em algum movimento?
Agora não mais. Com os treinos no campo estou melhorando em todos os níveis e o que está me faltando mesmo é treinar com o grupo, pegar ritmo, tempo de bola e tudo mais. Isso vem naturalmente e logo estarei treinando normalmente.

Algum dia passou pela sua cabeça desistir?
É normal você pensar nisso devido à grave lesão e a frustração de não estar treinando com os companheiros. Isso entristece e muita coisa passa pela cabeça. Porém, os fisioterapeutas (Betinho, Ale, Sasaki, Rosan e Roberta Rosas) nunca deixaram eu baixar a guarda e sempre me deram a certeza do retorno. Com o trabalho fui percebendo isso e hoje sou muito grato a eles.

Qual foi o período mais difícil na reabilitação?
Com certeza foi no início, pois tinha acabado de receber meu primeiro filho e a lesão veio na contramão desta alegria.

E o melhor momento desta fase?
Foi quando eu bati na bola pela primeira vez. Me senti uma criança que acabara de ganhar de presente sua primeira bola. Hoje também vivo momento muito especial. Tenho segurança de que jogarei logo.