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São Paulo empata com o Atlético-PR no fim e é vaiado

Gazeta Esportiva - 13 de agosto de 2011 - 22:11

Os quase 24 mil torcedores que foram ao Morumbi na esperança de sair do estádio comemorando a liderança do Campeonato Brasileiro terminaram o jogo pedindo para o time \"jogar bola\", ter raça e vaiava. Mas Rivaldo, aos 45 minutos do segundo tempo, conseguiu evitar a derrota e garantir o empate por 2 a 2 com o Atlético-PR.

O gol de Rivaldo, ao se jogar na bola, mostrou o desespero de um time que, sem um centroavante, não consegue colocar a bola nas redes. Nas poucas vezes em que subiu, o Furacão fez dois gols em falhas defensivas, com Fransérgio, aos 22 minutos do primeiro tempo, e Edgar, aos 32 do segundo tempo. O Tricolor buscou a igualdade duas vezes, com Ilsinho, aos 25 do primeiro tempo, e Rivaldo, que começou na reserva.

Com somente um ponto somado, protestado com vaia, o São Paulo terminará a 16ª rodada em terceiro lugar, com 33 pontos, e tenta voltar a vencer na quinta-feira, contra o América-MG. Já o Atlético-PR segue na zona de rebaixamento, agora com 13 pontos.

O jogo - Já acostumado a mexer na defesa, Adilson Batista resolveu fazer mais inovações além da obrigatória improvisação do volante Zé Vitor no lugar do vetado Rhodolfo ao lado de João Filipe zaga. Neste sábado, os são-paulinos, que em sua maioria adoram Rivaldo, viram Ilsinho ocupar o lugar do camisa 10 entre os titulares.

A mudança no meio-campo, contudo, não era a mais eficiente. Lucas, que não participou da derrota para o Ceará por estar com a seleção brasileira, estava de volta. E o Atlético-PR parecia não conhecê-lo. Posicionado como gosta, partindo do meio-campo, o camisa 7 era a principal opção de ataque e não tinha ninguém na sua cola.

Com Cícero aberto pela esquerda, para tabelar com Wellington, que atuou na função do suspenso Carlinhos Paraíba, ou Juan, o Tricolor sempre tinha o meia-atacante, que completou 19 anos neste sábado, como desafogo. E bastante útil, já que frequentemente deixava Piris livre para cruzar ou Ilsinho em condições de arrematar.

Enquanto o Furacão corria atrás de Dagoberto, os anfitriões procuravam Lucas e achavam espaço para todos se aproximarem da área de Renan Rocha com perigo. Os visitantes tiveram poucos minutos de supremacia, quando trocaram passes sem pressa e, com oito no ataque, empurraram todos os 11 jogadores rivais no campo de defesa.

O momento, porém, foi único. Pela esquerda, Wellington só se atrapalhava com seus próprios erros para chegar à área. Do outro lado, Lucas armava como queria e se posicionava bem para dominar bolas invertidas para finalizar. Os paranaenses só conseguiram se segurar quando prenderam Cícero na marcação invertendo Madson no ataque - o meia ficou para Juan subir mais.

Quando o gol são-paulino parecia questão de tempo, o setor mais desentrosado falhou. Aos 22 minutos, João Filipe, único zagueiro do time em campo, saiu da área para fazer falta. Na cobrança, Edilson cruzou na área e ninguém com a camisa tricolor saltou para evitar que a bola chegasse para Fransérgio, livre na pequena área sendo obrigado até a se abaixar para abrir o placar.

Se o adversário balançou as redes em um de seus poucos ataques, a parte ofensiva dos mandantes tinha que, enfim, responder. E foi na jogada individual. Em vez de se posicionar para receber de Lucas, Ilsinho resolveu sozinho ao driblar Fransergio na meia-lua e fazer um golaço ao acertar com força o ângulo esquerdo de Renan Rocha, aos 25 minutos.

O placar igualado não demonstrava a superioridade dos donos da casa. Nem adiantou o Atlético-PR, enfim, descobrir Lucas, já que o volante Deivid foi obrigado a fazer faltas logo em seus primeiros momentos na perseguição ao meia-atacante. O ataque, contudo, não conseguia desempatar, e a defesa continuava falhando nas raras vezes em que precisava trabalhar, já que o rival só não foi para o intervalo vencendo porque Morro García perdeu gol feito, sem marcação na pequena área.

Para o segundo tempo, Adilson Batista teve como única alteração o posicionamento de Cícero, que voltou a ser um autêntico meia, diminuindo as subidas de Juan. A alteração tática do Furacão, contudo, foi mais eficiente. Renato Gaúcho espalhou mais seus atletas no campo defensivo, bloqueando as laterais.

A equipe rubro-negra só não conseguia, ainda, conter Lucas. Exceto o goleiro Renan Rocha, que defendeu todos os arremates do meia-atacante. Para ajudar os curitibanos, o Tricolor sentia falta de um centroavante. Tinha a posse de bola, mas não tinha infiltrações de quem vinha de trás e Dagoberto, quando tentava se fixar na área, era facilmente marcado.

Na retaguarda, os comandados de Adilson Batista foram atrapalhados mesmo dentro da partida por uma lesão muscular. Aos nove minutos, Denilson ficou no chão, machucado, e Edilson chegou à área para inverter para Madson, que não fez o gol somente porque Zé Vitor se jogou para salvar os anfitriões.

A falha fatal ainda ocorreria, e seria coletiva. Logo depois de Dagoberto acertar a trave, aos 33 minutos, Edgar aproveitou-se da desatenção de quase toda a equipe são-paulina para dominar um longo lançamento na meia-lua, driblar Zé Vitor e desempatar. Diante dos protestos da torcida, Rivaldo conseguiu evitar o pior ao se jogar na bola aos 45 minutos do segundo tempo para empatar.

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