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São Paulo deve abrir fronteiras na quarta-feira

Christiane Reis/Campo Grande News - 12 de novembro de 2005 - 09:11

O proprietário da maior produtora de suínos de Mato Grosso do Sul (Jeroá Suínos), Levy Dias, disse que teve a garantia do secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Antônio Duarte Nogueira Júnior, que a partir de quarta-feira (16) aquele estado vai abrir as fronteiras para os animais de Mato Grosso do Sul.
Levy Dias disse ter entrado em contato telefônico com o secretário do governo paulista, para expor a grave situação vivida pelo setor. Segundo a Agência Popular de Notícias , o produtor não vê justificativa técnica para a manutenção do impedimento da entrada de suínos de Mato Grosso do Sul em São Paulo. “Até porque há mais de meio século não temos registro de febre aftosa em suínos, não apenas em Mato Grosso do Sul, mas em todo o Brasil. Portanto, não se justifica a permanência da barreira, inclusive por existir uma portaria do Ministério da Agricultura, liberando as fronteiras de todos os estados brasileiros”.
Para Levy Dias a postura do governo de São Paulo sugere muito mais um “embargo econômico” do que propriamente sanitário. Indagado sobre se a produção de Mato Grosso do Sul oferece algum risco à paulista, o ex-senador comentou: “Mato Grosso do Sul é hoje o maior produtor de carne bovina do país, sendo o Estado que produz a carne suína de melhor qualidade. Para se ter uma idéia, a maior parte do que é produzido aqui é exportada para os mercados muito exigentes. Portanto "é de se deduzir que a razão não seja de sanidade".

Porcos no pasto– Levy Dias será o primeiro produtor de suínos do Estado a colocar seus animais no pasto. Segundo ele, isso acontece a partir deste sábado, quando serão soltos dois mil exemplares.
São animais com quase 35 quilos e 70 dias, portanto menos suscetíveis aos riscos de sanidade, apesar de que até agora tenham sido criados em sistema de confinamento, onde até mesmo a temperatura de seus corpos é controlada por equipamentos.
Na avaliação do produtor, não se trata de nenhum tipo de pressão. “O que estamos fazendo é simplesmente usando uma lei da física; em que ‘dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço’. E, não temos mais como manter os animais confinados em função de já estar fazendo 35 dias que não embarcamos nenhum cevado (porco gordo, para o abate)”. Ele disse que a medida de liberar a criação a pasto pode ter resultados imprevisíveis, mas que os animais que estarão sendo liberados na granja são os que podem sofrer menos com a medida..

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