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São Paulo da Cruz

Redação - 19 de outubro de 2018 - 09:00

São Paulo da Cruz, o fundador da Congregação dos Passionistas, nasceu na Itália, em 1694, com o nome de Paulo Francisco Danei. Aos 19 anos, ao ouvir uma pregação sobre a paixão de Jesus, decidiu colocar-se radicalmente a serviço do Reino de Deus. Alistou-se como voluntário no exército veneziano, para lutar contra os turcos, porém ficou muito frustrado quando percebeu que aquela cruzada nada tinha a ver com a propagação do Evangelho de Jesus e que era um pretexto para encobrir interesses materiais. Essencialmente contemplativo, enquanto amadurecia seu projeto de vida dedicou-se à oração e à penitência. Aos 26 anos recebeu do bispo de Alexandria a túnica preta de penitente com os sinais da paixão de Cristo: um coração com uma cruz em cima, com três pregos e o monograma de Cristo. Reuniu em torno de si seu irmão João Batista e mais alguns companheiros, dando início à nova Congregação, cujos membros deviam comprometer-se a viver um estilo de vida bastante austero, meditar a paixão de Jesus Cristo e identificar-se com o Cristo sofredor. A pregação deles, feita de modo apaixonado e não poucas vezes dramático, conseguia converter os corações mais duros. No desejo de identificar-se com o Cristo Sofredor eram tão rigorosos com eles mesmos, que o Papa teve de intervir, só aprovando o regulamento da nova Ordem depois que ele foi abrandado e humanizado. Após a aprovação, foram construídos os primeiros conventos e à congregação masculina juntou-se depois a feminina. São Paulo da Cruz é considerado um dos mais ilustres místicos da Igreja, e a fama de santo começou a acompanhá-lo ainda em vida. Deixou mais de duas mil cartas, que constituem uma mina preciosa de ensinamentos. Ele morreu em Roma no dia 18 de outubro de 1775, com a idade de 81 anos. Foi canonizado em 1876. Seu corpo se encontra na Basílica dos santos João e Paulo.

Hoje, como no passado, a Igreja ao pregar a cruz de Cristo não prega o dolorismo, nem o masoquismo; não prega o sofrer pelo simples prazer de sofrer e, muito menos, a aceitação passiva dos sofrimentos que têm origem no egoísmo humano. Pregar a cruz de Cristo significa aceitar com serenidade as dificuldades e sofrimentos inevitáveis que surgem no caminho e transformá-los em oportunidades de libertação e santificação, significa assumir na própria vida, a vida dos excluídos, marginalizados e crucificados do mundo.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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