Contando com os reforços de atletas experientes, o São Paulo começou o Paulistão como maior candidato ao título. Três meses e muitos problemas depois, o time alcançou, como era esperado, a fase semifinal. No entanto, a equipe do Morumbi viu o favoritismo passar para o Palmeiras, rival na fase decisiva.



Com uma vitória por 2 a 1 sobre o Guaratinguetá, gols de Adriano, o time estreou no estadual e logo deu mostras se que seria, de fato, o adversário a ser batido pelos rivais. Embora com algumas oscilações, a regularidade foi mantida ao longo da competição; o tricolor sempre esteve na parte de cima da tabela.



Todavia, o início da Copa Libertadores e as seguidas contusões atrapalharam o tão invejado planejamento são-paulino. O excesso de jogos e os desfalques, somados à saída e indisciplina de alguns jogadores, reduziram o elenco disponível para o técnico Muricy Ramalho, que não reclama. “Mas meu time é guerreiro, sempre se superou nos momentos difíceis e não será diferente dessa vez”.



Sobre o que vem sendo apresentado pela equipe nesta temporada, o vice de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, confirmou que o nível está abaixo das expectativas. “É um futebol que não está altura do São Paulo, do nosso planejamento e investimento. É um momento que exige reflexão, é um golpe duro”, disse, em alusão à derrota para o Audax, no Chile. “Temos que procurar recuperar o estado de ânimo”.



Não garantida ainda na próxima fase da competição continental, a equipe se classificou no Paulista na terceira posição, obtendo 11 vitórias, cinco empates e três derrotas. Contra o Palmeiras, foi derrotado por 4 a 1. “A dificuldade pode provocar uma reação positiva. Temos que buscar as forças que nós temos. Confio na equipe”, finalizou Leco.



O Choque-Rei, como o clássico é chamado, já aconteceu 268 vezes e o São Paulo leva vantagem. Foram 92 vitórias do time do Morumbi, 87 empates e 89 triunfos da equipe alviverde.