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São Pacífico

Redação - 10 de julho de 2019 - 09:00

Pacífico foi um famoso trovador nascido em Marcas, Itália, lá pelo século XIII. Recebeu o apelido de “rei dos versos”, no dia e que foi coroado pelo imperador, no Capitólio, como “Príncipe dos Poetas”. Converteu-se ao cristianismo aos 50 anos, depois de ouvir uma das pregações de São Francisco de Assis. Entrou para Ordem franciscana, recebeu o hábito, e em 1217 foi encarregado de implantar a Ordem Franciscana em Paris. Alguns anos depois retornou à Itália e foi nomeado capelão do Convento das Clarissas. Diz a tradição que foi São Pacífico que, a pedido do próprio São Francisco de Assis, cantou pela primeira vez “O Cântico das Criaturas” e recebeu dele a tarefa de, juntamente com outros frades, sair pelo mundo afora, entoando o canto: “ Louvado sejas, meu Senhor, pela lua, pelas estrelas, pela água, pelo fogo, pelo irmão vento no ar, por aqueles que perdoam e perseveram na paz, porque graças a ti, ó Altíssimo, serão coroados”. Frei Pacífico faleceu na Bélgica, em 1230.

Hoje também, embora não conste da lista oficial dos santos da Igreja, celebramos a memória de Faustino Villanueva, um sacerdote de origem espanhola, grande defensor do povo indígena e herói da Guatemala. No dia dez de julho de 1980, após um intenso dia de labuta, estava ele trabalhando em seu escritório paroquial, no presbitério da Igreja, quando foi atacado e metralhado por dois homens armados que revoltados com suas posições em defesa dos direitos dos indígenas, crivaram seu corpo de balas. Não permitiram que seu corpo fosse levado para El Quiché, para junto de seus queridos índios aos quais havia dedicado seus 20 anos de sacerdócio.

Apesar de cinco séculos separarem São Pacífico, o franciscano trovador, do mártir da fé e herói da Guatemala, Faustino Villanueva, eles estão unidos pela mesma missão. Ainda hoje, uns, como São Pacífico, são chamados a anunciar Jesus Cristo através do verso, da arte, da música que entra pelo ouvido e chega ao coração. Outros, como Faustino Villanueva, são chamados a anunciar o Evangelho, defendendo e assumindo concretamente o direito das minorias discriminadas, e lutando para reintegrar na sociedade aqueles que o egoísmo humano condenou à exclusão. Mas é exatamente nessa diversidade de anúncios que reside uma das maiores riquezas do cristianismo.

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