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São Martinho de Tours

Redação - 11 de novembro de 2019 - 09:00

Martinho de Tours nasceu no ano 316, na Sabária, atual Hungria. Seu pai era um oficial do exército romano. Aos doze anos, contrariando a vontade do pai, tornou-se cristão. Para afastá-lo da influência dos cristãos, o pai alistou-o no exército romano e obrigou-o a fazer o juramento militar. Martinho, porém, não desistiu. Tinha entre 15 e 18 anos, quando ocorreu o conhecido episódio da manta da Guarda Imperial. Estava ele se preparando para receber o batismo, quando, num ano em que o inverno era muito rigoroso, ao entrar em sua casa, em Amiens, deparou-se com um pobre que tremia de frio. Pensou: “Se eu der o manto inteiro me sentirei orgulhoso pelo que fiz; se não der, serei avarento”. Então cortou a capa ao meio e deu a metade ao mendigo. À noite sonhou com Jesus, que lhe dizia: “Martinho, ainda não batizado, deu-me esta capa”. Martinho reconheceu no mendigo a face de Jesus e após acordar do sonho tomou a decisão de dar a Jesus, não a metade de sua vida, mas a vida inteira. Pediu desligamento da carreira militar, recebeu o batismo pelas mãos do bispo Santo Hilário de Poitiers, e sob sua orientação do bispo, decidiu viver como eremita. Foi ordenado sacerdote e fundou uma comunidade de eremitas, que seria o primeiro mosteiro da Gália. Em 371 foi aclamado bispo de Tours pelo povo. Apesar de ter sido bispo contra a vontade, foi um grande pastor e evangelizador. Durante os 27 anos de episcopado, ganhou o amor e o entusiasmo de todos, especialmente dos pobres, deserdados e oprimidos, dos quais era grande defensor. Apoiou o clero, embora a parte deste que apreciava as honrarias e mordomias, não o visse com bons olhos. Costumava dizer que foi soldado sem querer, monge por escolha e bispo por dever. É tão venerado na França, que nada menos de 3.700 paróquias o têm como padroeiro, e 480 levam seu nome. São Martinho de Tours morreu em 397, durante uma de suas visitas pastorais. Seus funerais foram uma verdadeira apoteose. Seu corpo foi levado para Tours onde está a metade da célebre manta que ele deu ao pobre em Amiens. São Martinho foi enterrado no cemitério cristão situado à porta da cidade.

Hoje, lembrando que na linguagem bíblica o manto é um dos símbolos da pessoa humana, São Martinho de Tours que teve a generosidade de dividir o manto que o abrigava e lhe conferia conforto e prestígio, com um mendigo que sequer conhecia, nos recorda que amar e partilhar a própria vida com o próximo pode não ser fácil, mas é condição fundamental para participar do Reino de Deus.

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