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São José Calazans

Redação - 25 de agosto de 2019 - 09:00

São José Calazans foi um dos grandes educadores da juventude no século XVII. Ele nasceu na Espanha em 1556, numa rica família e recebeu cuidadosa educação. Estudou Direito Civil e Canônico e em 1583, aos 27 anos de idade, foi ordenado sacerdote. Trabalhou durante algum tempo em sua terra natal e depois foi para Roma onde se entregou de corpo e alma à educação de crianças pobres. Vendo com muito sofrimento a ignorância do povo, fundou por volta do ano 1597 uma escola, e foi essa escola que deu origem à Congregação dos Clérigos Regulares das Pias Escolas cujos membros, além dos votos de pobreza, obediência e castidade, faziam o voto de assumir a educação da juventude. José Calazans foi nomeado o superior geral da nova Congregação, que logo se expandiu, alcançando a Itália, Boêmia, Alemanha e Polônia. Tamanho êxito, contudo, terminou por despertar ciúmes, mal entendidos e incompreensões, inclusive por parte dos próprios irmãos de Ordem. Ele foi alvo de muitas perseguições e calúnias, e sofreu provações e humilhações. Apesar das muitas preocupações, que nada tinham a ver com o cargo que ocupava, mas com um possível cisma na Congregação, ele manteve em todos os momentos, mesmo nos mais difíceis, a calma e a serenidade, e sobretudo uma enorme confiança em Deus. Morreu no dia 25 de agosto de 1648, para muitos, como um fracassado. Mas o povo julgou diferente sua vida e sua obra, e seu corpo permaneceu exposto durante três dias, para que todos pudessem despedir-se dele. Sua obra, mais tarde, como que surgiu das cinzas e, em 1556, oito anos após sua morte, o Papa Alexandre VI aprovou definitivamente o Instituto José Calazans. Chamado por alguns de “Pai da Juventude”, e por outros de “Jó do Novo Testamento”, José Calazans foi canonizado em 1757 e tempos depois foi declarado Patrono das Escolas Cristãs.

Como Jesus, a quem ele entregou sua vida, São José de Calazans não esteve livre de dores e sofrimentos. Hoje São José de Calazans, cuja vida e obra não foram reconhecidas por todos os seus contemporâneos, mas permaneceram vivas, principalmente na memória do povo simples e carente, nos lembra que mesmo correndo o risco de não terem seus nomes lembrados, a instrução e a educação do povo devem ser assumidas pelos cristãos como compromissos genuinamente evangélicos.

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