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São Josafá

Redação - 12 de novembro de 2019 - 09:00

Hoje a Igreja celebra a memória de São Josafá, o grande apóstolo da unidade dos cristãos no Oriente. Ele nasceu com o nome de João, por volta do ano 1580, em Wladimir, na Rutênia, região que naquele tempo pertencia à Polônia. Seus pais eram ortodoxos. Quando a Igreja da Rutênia se uniu à Igreja Romana, os católicos rutenos passaram a ser perseguidos pelos fanáticos guerreiros cossacos, fiéis à Igreja Ortodoxa, que os chamavam de traidores e apóstatas. São Josafá foi o primeiro noviço do Mosteiro Basiliano Unido, ou Mosteiro da Santíssima Trindade. Foi nessa ocasião que ele, de acordo com o costume da época, mudou o nome para Josafá. Sua espiritualidade era uma mistura da antiga espiritualidade basiliana com as novas diretrizes pregadas pelos jesuítas. Aos 24 anos ele foi ordenado sacerdote e mais tarde, bispo. Sua atividade apostólica esteve particularmente voltada para a reforma da vida monástica e para a unidade dos cristãos. Seu apostolado foi tão intenso e produziu tantos frutos que recebeu o apelido de “raptor de almas”. Sua postura ecumênica, contudo, atraiu o ódio dos ortodoxos. Por causa dela sofreu calúnias, decepções e contratempos de toda espécie. Muitas vezes ele dizia: “Vereis que hão de me matar”. De fato, terminou seus dias barbaramente assassinado, quando realizava uma de suas visitas pastorais. Foi assassinado no pátio da casa onde estava hospedado, no dia 12 de novembro de 1623. Amarraram seu corpo junto com um cão morto e o jogaram no fundo das águas de um rio. São Josafá foi canonizado por Pio IX em 1867.

O mundo não mudou muito depois de São Josafá. As chamadas guerras santas e as intolerâncias religiosas que, na verdade, encobrem interesses escusos e mesquinhos, continuam acontecendo. Mas hoje São Josafá, que muito lutou pela unidade dos cristãos e por esse ideal deu a vida, nos fala da necessidade urgente de superar todas e quaisquer divisões, e ir ao encontro dos que rezam diferente de nós, mas como nós, acreditam na vida em plenitude para todos. Hoje São Josafá nos convida a quebrar, com as armas do diálogo, do respeito e da boa vontade, as barreiras que separam os povos de acordo com sua cor, sua condição econômica sua religião e nos acena para a necessidade da tolerância fraterna, indispensável à prática de um verdadeiro ecumenismo.

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