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São João do Egito

Redação - 27 de março de 2019 - 09:00

São João do Egito, ou São João de Licópolis, nasceu em Licópolis, Tebaida, por volta do ano 305. Muito pobre, logo que teve idade para ganhar a vida, aprendeu o ofício de sapateiro. Aos 25 anos abandonou tudo e retirou-se para o deserto, para uma vida totalmente solitária. Dizem coisas extraordinárias a respeito de sua obediência. Contam que certo dia seu diretor espiritual, um velho ermitão, pegou um ramo de árvore já meio apodrecido e plantou-o na terra, ordenando a João que o regasse duas vezes ao dia, até que o ramo lançasse raízes e desse frutos. Embora para cumprir essa ordem extravagante ele tivesse de ir buscar água a meia légua de distância, durante um ano São João cumpriu com humildade e solicitude a ordem recebida, certo de que obedecendo a seu superior estava obedecendo a Deus. Quando o velho ermitão morreu, São João do Egito retirou-se para uma serra deserta, muito escarpada e de difícil acesso onde construiu uma cela e, nessa espécie de sepultura, ele viveu durante 40 anos completamente isolado, sem ver pessoa alguma. Alimentava-se de ervas cruas e raízes que nasciam dentro da gruta, e sua bebida consistia apenas num pouco de água. Dormia pouco e orava continuamente. Mas apesar do acesso ao local de sua morada ser quase inacessível, um dia souberam de sua existência e muitos, atraídos por sua fama, o procuravam para consultá-lo e ouvi-lo, e a todos ele abençoava e atendia com solicitude. Embora fosse austero e rigoroso consigo mesmo, era extremamente agradável com os que o procuravam. São João de Licópolis ou São João do Egito gozou de muita celebridade entre os cristãos e faleceu santamente, por volta do ano 394, aos 90 anos de idade, na gruta que escolheu para viver. É conhecido como “O Profeta do Egito”.

Hoje, nessa sociedade onde as leis são facilmente transgredidas, onde os que têm dinheiro e poder a manipulam e a distorcem, São João do Egito que fez do gesto de obediência à lei de seu superior, um sinal de fidelidade a Deus, nos lembra que o caminho da santidade passa pela obediência às leis humanas e às leis divinas. Mas, se as leis criadas pelos homens, se tornarem desumanas e desumanizantes, se forem de encontro à lei de Deus, a única definitivamente a favor da vida e vida em abundância para todos, então elas devem ser questionadas e desobedecidas, porque não dignificam o ser humano, não levam à santidade.

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