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São João de Deus

Redação - 08 de março de 2019 - 09:00

São João de Deus nasceu com o nome de João Cidade, em 1495, em Portugal. Sonhador e sequioso de novidades, aos oito anos fugiu de casa e foi para Oropesa na Espanha onde chegou cansado e extenuado. Foi acolhido por um rico proprietário que o tomou para seu serviço, primeiro como pastor, depois como administrador, e por fim como homem de sua total confiança, à frente de seus negócios. Um dia a filha do patrão enamorou-se dele, mas apesar do casamento ser de pleno consentimento do pai, João percebeu que não era exatamente aquilo que ele queria. Resolveu, então, deixar o emprego e alistar-se para lutar contra os franceses. Essa foi a primeira de suas muitas aventuras militares. São João de Deus viajou por vários países e por onde andou, fez de tudo. Foi camponês, pastor, soldado, mascate, trabalhador braçal, enfermeiro, livreiro e santeiro, correndo muitas vezes risco de vida. Ao voltar da África, resolveu estabelecer-se em Granada, na Espanha, onde montou uma pequena livraria. Um dia, ao ouvir um sermão de São João d’Ávila sobre o mártir São Sebastião, sentiu-se de tal modo tocado e arrependido dos pecados que decidiu vender tudo o que possuía, distribuir o dinheiro com os pobres e viver de esmolas. Algumas pessoas, achando que ele havia enlouquecido, o internaram num hospício. No manicômio experimentou na própria carne o tratamento desumano ao qual eram submetidos os doentes mentais. Tão logo saiu do hospício, São João de Deus, sempre orientado por São João d’Ávila, passou a cuidar dos pobres e desvalidos. Com as esmolas e doações recebidas, construiu um amplo hospital em Granada onde os doentes eram tratados como seres humanos. Mais tarde alguns colaboradores se juntaram a ele, e assim nasceu a Ordem dos Irmãos Hospitaleiros. Quando morreu, em oito de março de 1550, toda a cidade de Granada chorou aquele que havia sido um exemplo de humildade e caridade. Foi canonizado em 1690. É o patrono dos hospitais católicos e, juntamente com São Camilo Lélis, padroeiro dos enfermeiros católicos e de suas associações.

Hoje, como no passado, também são taxados de visionários e loucos os que repartem o que possuem com os necessitados, os que ousam pôr sua segurança em Deus e não no dinheiro, os que tratam os doentes pobres com respeito e decência. Mas são exatamente esses loucos, e não os sãos, que vão curar o mundo. De fato, só quando o mundo enlouquecer de amor por Deus, ele terá chance de curar-se do egoísmo, a mais cruel, desumana e mortal das doenças.

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