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São João da Cruz

Redação - 14 de dezembro de 2019 - 09:00

São João da Cruz nasceu perto de Ávila, Espanha, no ano 1542, filho de dois humildes tecelões: Gonçalo e Catarina. Aos 20 anos entrou na Congregação dos Carmelitas e aos 25 anos ordenou-se sacerdote. Desiludido com o relaxamento espiritual dos carmelitas, pensou em ir para a Ordem dos Cartuxos, cujas regras eram bem mais severas. Foi nessa época que ele se encontrou com Santa Teresa d’Ávila, a reformadora das carmelitas. Esta logo percebeu que São João da Cruz era a pessoa indicada para ajudá-la a levar adiante seu projeto de reforma dos conventos carmelitas no setor masculino. O jovem e franzino padre de apenas 27 anos de idade aceitou o desafio de Teresa, mas sofreu muito para levar sua obra adiante. Foi incompreendido e perseguido pelos que se opunham à reforma, chegando a ser expulso da Ordem e ficando durante seis meses preso num cárcere, na cidade de Toledo. Mas foi exatamente nesse tempo de enormes dificuldades que ele teve suas primeiras experiências místicas. Seu lema de vida era: “Padecer e Morrer”. Sua espiritualidade transparece nos livros que escreveu, entre os quais destacamos: “Noite Escura da Alma”, “Subida ao Monte Carmelo”, “Cântico Espiritual” e “Chama de Amor Viva”. Considerado um dos maiores mestres da vida espiritual, São João da Cruz resumia seu ideal de vida monástica em poucas e simples palavras: “Não faça coisa alguma, nem diga coisa alguma, que Cristo não faria ou não diria, se se encontrasse nas mesmas circunstâncias de você e tivesse a mesma saúde e idade suas”. São João da Cruz morreu no dia 14 de dezembro de 1591. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Pio XI que lhe conferiu o título de Doutor da Igreja.

Hoje, nesse nosso mundo tão necessitado de reformas em todos os níveis, o jovem carmelita que revolucionou sua Ordem, convida cada um e cada uma de nós a rever e a reformar nossa vida, e traz uma mensagem de incentivo para todos aqueles que, embora ansiando por uma sociedade nova, por medo ou intolerância se fecham às novas iniciativas e aos novos métodos de evangelização. Tal como São João da Cruz, não nos cabe ter medo das perseguições e incompreensões, porque o sucesso da missão, embora ela necessite de nossa criatividade e capacidade, tem sua garantia não em nós, mas na pessoa daquele que prometeu que estaria conosco até o final dos tempos.

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