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São João Crisóstomo

Redação - 13 de setembro de 2019 - 09:00

São João Crisóstomo nasceu em Antioquia, provavelmente no ano 349. Seu pai era comandante da cavalaria da Síria. Sua mãe, Antusa, era uma mulher forte que ficou viúva aos 20 anos de idade e que dedicou sua vida à educação e formação cristã do filho. Desde os anos de sua juventude, ainda em casa, começou a trilhar o caminho da oração e da austeridade. Quando a mãe morreu, ele retirou-se para o deserto onde viveu como eremita por cerca de seis anos. Após esse tempo, com a saúde já comprometida, foi ordenado diácono. Levou cinco anos, preparando-se para o sacerdócio e ministério da pregação. Findo esse tempo, foi ordenado pelo bispo de Antioquia, passando a colaborar na diocese. Culto, fino, educado, foi um grande escritor, embora seu carisma fosse mesmo a pregação. Orador insuperável, sua eloquência lhe valeu o título de crisóstomo que significa “Boca de Ouro”. Quando o patriarca de Constantinopla faleceu, ele foi nomeado para sucedê-lo. Como patriarca fundou hospitais e iniciou uma pastoral sistematizada, muito voltada para a evangelização rural. Preocupado com a moralização do clero, não teve receio de repreender os sacerdotes sensíveis aos apelos da riqueza, e os monges indolentes, mais preocupados em viajar e fazer turismo do que em evangelizar o povo. Foi um grande amigo dos pobres e deles o melhor advogado e defensor. Por causa de seus pronunciamentos corajosos, tornou-se alvo de intrigas e despertou a raiva da corte bizantina e do imperador Arcádio. Foi deposto por um grupo de bispos chefiados por Teófilo, e a seguir, exilado. Quando tinha somente dois meses que havia voltado do exílio, foi novamente deportado para a fronteira com a Armênia e daí para as margens do Mar Negro onde veio a falecer, no dia 14 de setembro de 407. Anos mais tarde seus restos mortais foram transferidos para Constantinopla. Entre os vários escritos que deixou, merece destaque um pequeno volume intitulado “Sobre o Sacerdócio”, uma verdadeira obra prima da espiritualidade sacerdotal.

Hoje São João Crisóstomo nos convida a não termos medo de denunciar tudo aquilo que se opõe ao Evangelho, mesmo que isso provoque a ira dos poderosos que têm seus valores e atitudes contestados. Hoje também, João Crisóstomo, o “Boca de Ouro”, nos lembra que belos discursos podem até empolgar as multidões, mas só chegam ao coração das pessoas as palavras que refletem a vida de quem os pronuncia. Como se costuma dizer, as palavras arrastam, mas só o exemplo convence.

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