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Geral

São Januário ou São Genaro

Redação - 19 de setembro de 2019 - 09:00

São Januário ou São Genaro foi bispo de Benevento, na Campânia, Itália e sofreu o martírio juntamente com mais seis companheiros, por ocasião da perseguição do imperador Diocleciano, por volta do ano 305. Foi preso, quando se dirigia ao cárcere para visitar os cristãos que estavam detidos. Foi salvo milagrosamente em duas ocasiões. A primeira quando foi condenado a morrer assado num forno, e a segunda quando foi enviado para a arena a fim de ser devorado pelas feras. Acabou sendo decapitado juntamente com os diáconos Sósio, Próculo, Festo, Desidério, Eutíquio e Acúrcio. Conforme o costume daquela época, o sangue de São Januário foi recolhido numa ânfora, com a finalidade de mais tarde ser colocado em seu túmulo. Um século depois, por ocasião da trasladação de seus restos mortais para Nápoles, uma senhora entregou ao bispo duas ampolas, afirmando ser o sangue de São Januário. Como que para provar a veracidade da afirmativa, o sangue coagulado passou do estado sólido para o estado líquido, adquirindo a aparência de sangue novo, recém- derramado. Esse fato aconteceu diante dos olhos do bispo e de uma multidão de fiéis, e a partir desse dia vem se repetindo sempre por ocasião das celebrações em honra do santo. Análises científicas feitas comprovaram tratar-se de sangue humano, embora os cientistas não tenham até hoje conseguido explicar o fenômeno. O milagre vem se repetindo desde 1389. Os italianos e de modo especial os habitantes de Nápoles têm para com São Januário uma grande devoção e acreditam que foi, por sua intercessão, que Deus os livrou da erupção do vulcão Vesúvio, no ano 1631 e da epidemia de cólera que aconteceu em 1884. Por esses motivos consideram São Januário protetor de Nápoles contra o flagelo da peste e erupção do Vesúvio.

Hoje, como no passado, corremos tanto em busca de acontecimentos fantásticos que sequer temos olhos para perceber a presença de Deus em nós, nos pequeninos e simples fatos do cotidiano da vida. Hoje buscamos tanto milagres surpreendentes que nos esquecemos de que, com a graça de Deus, podemos nós mesmos realizar grandes coisas. E o fazemos quando, a exemplo de São Januário, permanecemos fiéis e unidos a Cristo, quando ajudamos o povo a se libertar de suas prisões e de seus vícios, quando combatemos a cólera da impunidade e da corrupção, e a peste da injustiça, esse Vesúvio mortífero que teima em derramar sobre nós e sobre o mundo, suas lavas destruidoras.

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