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São Guido

Redação - 12 de setembro de 2019 - 09:00

São Guido viveu entre os anos 950 e 1012. Filho de camponeses da região belga de Brabante, era uma pessoa mansa, generosa, desapegada dos bens materiais e atenta às necessidades dos mais pobres. É considerado um dos antecessores de São Francisco de Assis, pelo seu testemunho de pobreza e busca de uma Igreja fiel aos valores evangélicos. Desejoso de levar uma vida de oração e de serviço aos mais pobres, deixou a casa paterna e foi ser sacristão numa cidade perto de Bruxelas. A certa altura de vida, movido, não pelo desejo de lucro ou riqueza, mas pela intenção de constituir um fundo de ajuda aos pobres, resolveu dedicar-se ao comércio. Essa atividade não deu certo, pois o primeiro barco que conseguiu carregar, naufragou no rio Sena. São Guido viu nesse acontecimento um recado de Deus de que não era esse o caminho que ele devia trilhar. Vestiu então o hábito de peregrino e por durante sete anos percorreu as extensas e perigosas estradas da Europa, visitando os santuários existentes naquele tempo, chegando finalmente à Terra Santa. De volta dessa longa peregrinação, já muito fraco e doente, parou em Andreletch, uma pequena cidade perto de Bruxelas onde foi acolhido por um sacerdote e onde pouco tempo depois morreu. Por muito tempo seu sepulcro permaneceu esquecido, mas depois seu culto ressurgiu e no local de seu túmulo foi erguida uma igreja onde se encontram hoje suas relíquias. Com o passar dos anos, se foram colocando sob a proteção do humilde camponês, não apenas os camponeses como também os trabalhadores da lavoura, os sacristãos e os cocheiros. Como tudo leva a crer que ele morreu de disenteria, é invocado também pelos que padecem desse mal. São Guido é o protetor dos estábulos, das escuderias e em especial dos cavalos. E essa é a razão porque, durante a festa anual de Andreletch, após o término de uma grande procissão folclórica, os cavalos são benzidos.

Hoje, nesse mundo onde os trabalhadores mais simples não têm seus direitos respeitados; onde os camponeses estão sendo expulsos ou forçados a deixar suas terras em busca da sobrevivência, São Guido, um homem do campo, uma pessoa generosa e sempre pronta a ajudar os mais pobres, nos convida a estarmos atentos às necessidades do povo, a sermos solidários com aqueles a quem o egoísmo humano nega o essencial para viver dignamente e a trabalhar em prol de uma Igreja pobre, despojada, como pobre e despojado foi nesse mundo aquele que a fundou e a sustenta.

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