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São Geraldo Majela

Redação - 11 de outubro de 2019 - 09:00

São Geraldo Majela era o mais jovem dos cinco filhos de um modesto alfaiate. Nasceu em 1726 em Muro, Itália. Aos 12 anos seu pai morreu, e ele tornou-se aprendiz de alfaiate. Em 1740 quis entrar na Ordem dos Capuchinhos, mas não foi acolhido por causa da saúde precária. Aos 15 anos, colocou-se a serviço do bispo de Lacedônia e, quando este faleceu em 1745, ele retornou à sua terra natal onde se estabeleceu como alfaiate. Decidiu, então, ingressar na Congregação do Santíssimo Redentor, uma Ordem nova, fundada há 15 anos apenas por Santo Afonso de Ligório. Durante o tempo do postulado foi acometido por muitos escrúpulos, mas finalmente, no dia 21 de setembro ele decidiu fazer os votos na Ordem. Contam seus biógrafos que, no ano 1754, quando muitos escândalos e uma terrível epidemia atingiram em cheio a cidade de Lacedônia, ele realizou alguns milagres que converteram muitas pessoas. Não se livrou, contudo, da maldade de uma jovem que o caluniou perversamente. Diante do silêncio de São Geraldo, Santo Afonso proibiu-o de receber a comunhão e manter qualquer relacionamento com pessoas de fora, transferindo-o para Caposela. A proibição de comungar o fazia sofrer muito, mas São Geraldo se consolava dizendo: “Eu o trago no coração, e se ele foge de mim, é por causa do pouco amor que lhe dedico, Não o perderei contudo do meu coração”. Entregou-se mais ainda à prática de grandes e austeras penitências e foi, nessa ocasião, que ele escreveu sobre o sofrimento, seu desejo de santidade e a necessidade de aceitar, em todas as situações, a vontade de Deus. Quando, após alguns meses, a caluniadora se retratou e Santo Afonso imediatamente suspendeu a proibição, foi com incontida alegria que São Geraldo retornou à comunhão cotidiana. Em 1754 ele, foi transferido de Nápoles para Coposela onde exerceu a função de porteiro e onde ficou conhecido como “Pai dos Pobres”. Em fevereiro de 1755, São João Leonardo voltou para Nápoles e em junho foi transferido novamente para Caposela. Em agosto adoeceu e neste mesmo ano morreu, aos 29 anos de idade.

Hoje, em nosso mundo onde a língua ferina tem ferido mais gente que muita espada afiada, São Geraldo Majela, que foi vítima da calúnia, nos dá com seu testemunho de vida uma certeza: pior que ser penalizado por esse mal, é viver afastado do amor Deus, vez que é a força desse amor que supera todo entendimento humano, que nos fortalece e nos torna capazes de suportar as incompreensões e perdoar as perseguições e calúnias.

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