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São Francisco de Assis & eleição na AL

Manoel Afonso - 28 de novembro de 2014 - 10:22

São Francisco de Assis & eleição na AL’)
‘DA CAROCHINHA’ A tese de que o futuro governador Reinaldo Azambuja não irá interferir nas eleições da mesa diretora da Assembleia Legislativa não encontra respaldo na lógica política e na própria história do parlamento desde a criação de MS.
DETALHES Cabe a presidência de qualquer casa legislativa organizar a pauta onde estão inseridas matérias de alto interesse do Executivo. É assim tanto nas câmaras municipais como no Congresso Nacional. Daí a relevância de ter o comando.
AZAMBUJA esteve na AL e sabe como ela funciona nos mínimos detalhes, inclusive nas relações com o Executivo. Sem a presidência, não terá segurança para ver agilizar medidas e projetos que necessitem de urgência no contexto administrativo.
PREVISÕES Ao liderar a 3ª. via política vitoriosa, a tendência de Azambuja é se distanciar cada vez mais de André. Aliás, seus acenos com auditorias nas contas e obras do governo peemedebista são fortes indicativos de sua postura no futuro.
CONTRADIÇÃO Como ficar refém da mesa diretora presidida por um deputado do PMDB e ao mesmo tempo jogar duro contra a administração anterior? É essa questão interessante que tem provocado inquietações e dúvidas nos bastidores.
O FUTURO governador quer fazer seu partido crescer, atraindo outros grupos e políticos que estarão órfãos. Neste projeto estão as eleições municipais de 2016, onde a capital, Dourados, Três Lagoas e Corumbá aparecem como prioritárias.
TESES Existem várias, mas lembro aquela: que é possível a tratativa do futuro governo com deputados de partidos menores para contemplá-los na mesa e no governo. O que não falta é gente esperando uma piscada para iniciar esse namoro.
O DESAFIO continua sendo manter o grupo favorito na disputa da mesa até o dia das eleições. Quem tiver poder de fogo ou habilidade para seduzir deputados e atingir a maioria dos votos vence. Os interesses individuais se sobrepõem aos partidos.
A PARTILHA Participar da ‘mesa’ significa ser beneficiado com uma série de vantagens, entre elas, cargos de diretoria e comando em departamentos estratégicos para acomodar correligionários com interesses financeiros nada desprezíveis.
DEPUTADO Esse formidável animal político tem em primeiro lugar os próprios interesses que garantam sua sobrevivência neste reino encantado. Nestas ocasiões como a eleição da mesa diretora, só depois é que leva em conta outros fatores.
RETROVISOR Eleito em 1982 Wilson Martins tentou eleger o presidente da AL e nas duas vezes perdeu embora tivesse 12 deputados do PMDB. Na primeira o eleito foi Walter Carneiro e na segunda Gandi Jamil, o mais votado com 38.120 votos.
VITORIOSOS os 12 deputados do PDS, com o adesão de Cecílio Gaeta, do PMDB: Gandi, Londres Machado, Zenóbio, Walter Carneiro, Daladier, Armando Anache, Nelson Trad, Valdir Cardoso, Ari Rigo, Djalma Barros e Jorge Amaral.


O EXEMPLO mostra: a vitória do novo governador nas urnas não garante o sucesso na eleição da mesa da AL. Situações distintas. No caso de Wilson, faltou-lhe traquejo e seu candidato Nelson Buainaim era verde, não era do ramo. Deu no que deu.


VINGANÇA-1 Wilson Martins não engoliu a traição de Gaeta que não acompanhou os demais 11 deputados do partido ao votar no concorrente do PDS. Prova disso é que o deputado ficou sem legenda no PMDB para disputar a eleição seguinte. Pagou caro.


VINGANÇA-2 Crítico do estilo de Pedrossian, Wilson paralizou obras inacabadas do antecessor, inclusive a estação rodoviária da capital. O tempo mostrou que ele errou: ficamos sem a rodoviária e o prejuízo foi maior do que se ela tivesse sido concluída.


VAZIOS Com exceção de Marcelo Miranda que tem um filho vereador em Paranaíba, nenhum outro ex-governador eleito no MS deixou um sucessor de musculatura. Justiça seja feita, Celina – filha de Wilson – representava bem a tradição da família.


PAZ CEMITERIAL Apesar da vitória no Planalto, os petistas locais ainda não se recuperaram da derrota no Estado. A prioridade como sempre, é ocupar a maioria dos cargos federais no MS. A lavagem de roupa ainda sem data para acontecer.


SEM VOLTA? As lideranças do núcleo estadual do PMDB, segundo ouvi no saguão da AL, não estariam dispostas a ceder espaço a família Trad, sob o argumento de que a origem da mesma seria o PTB. Com isso faz sentido a tese do rompimento.


ESPERANÇA Para os insatisfeitos do PMDB e de qualquer outro partido, a reforma política precisa vir rápida para ser aplicada ainda nas eleições municipais. Até lá vão ficar presos na ‘camisa de força’, cuidando do mandato e de seu ‘quintal’.


É O FIM... Médicos continuam prestigiando os grandes laboratórios nas receitas, boicotando produtos mais baratos dos laboratórios nacionais. Já não sei qual o esquema é mais cruel: dos médicos ou das funerárias. Sessão de terror em dose dupla.


A GRAVATA Se antes era a marca registrada dos advogados, ela foi adotada pelos médicos, primeiro nos grandes hospitais paulistanos e agora aqui. Mas o paciente não pode se fiar no luxo do consultório e nem na elegância do ‘doutor’. Já viu né!


FOI MAL Tida como arma poderosa do PSB ao Senado, a ex-ministra (STF) Eliana Calmon obteve só 8,41% dos votos, contra 55,88% de Otto Alencar. Pelo visto o discurso da ex-corregedora do CNJ não sensibilizou o eleitor da Bahia.


“Sou apenas um menino que o destino disse: vai José, ser presidente”. (Sarney)

(*) Os textos opinativos publicados com autoria são de responsabilidade de quem escreve e não representa, necessariamente, a opinião do site Cassilândia News.

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