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São Francisco de Assis

Redação - 04 de outubro de 2019 - 09:00

São Francisco nasceu em Assis, Itália, em 1182. Filho de Francisco Bernardone, um rico comerciante de tecidos, é descrito como um jovem de estatura pouco abaixo da média, nariz afilado, dedos compridos e finos, testa baixa, pele morena, dono de uma voz sonora e apaixonada. Gostava de festas nas quais esbanjava dinheiro, como os jovens de seu tempo. No início pensou em ser comerciante, mas depois optou pela carreira militar. Sonhando com as honras militares, aos 20 anos se alistou para lutar contra a cidade de Perúsia, mas foi aprisionado. Libertado, alistou-se de novo, mas dessa vez um sonho inesperado desviou-o do caminho. Ele sonhou que Deus lhe pedia para reconstruir sua Igreja que estava em ruínas. Francisco retornou a Assis inteiramente mudado. Não mais atira moedas de longe aos leprosos, mas beija-lhes as mãos e os abraça; não mais gasta dinheiro em festas, mas torna-se mendigo; não mais freqüenta os salões grandiosos, mas usa o dinheiro para reconstruir a pequena igrejinha de São Damião que se encontra em ruínas. O pai, irritado, o amaldiçoa e o deserda. Sem herança, sem dinheiro e até sem roupa, Francisco sente-se preparado para viver o Evangelho até as últimas conseqüências. Vai para a ermida de Porciúncula onde alguns companheiros se juntam a ele. E juntos eles rezam, pedem esmolas, trabalham no campo, pregam, visitam e consolam os doentes. Francisco é alegre, apesar da extrema pobreza. Ama e canta a natureza saída das mãos de Deus, mas é o homem, principalmente o mais sofrido e desprezado, o objeto de seu maior cuidado. Esse grupo é a semente que dá origem à Ordem dos Franciscanos Menores. Mais tarde, com Santa Clara, Francisco funda a Ordem das Clarissas. Em 1221, inspirado em seu estilo de vida, nasce a Ordem Terceira Franciscana, para leigos e leigas. Francisco morreu em 1226 e foi canonizado dois anos depois.

Atravessou os séculos e chegou até nós a proposta de vida de Francisco, o jovem que nasceu rico mas se fez pobre, não por amar a pobreza, mas por entender que, só partilhando sua riqueza, só fazendo-se pobre para os pobres e com os pobres, poderia encurtar a distância que o separava dos irmãos e assim atingir seu verdadeiro ideal de vida que era a Fraternidade. Hoje Francisco, cujo estilo de vida continua fascinando não apenas as Ordens inspiradas em seu carisma, mas as pessoas das mais diversas condições sociais, econômicas e ideológicas, nos convida a assumirmos a opção preferencial pelos pobres, como condição para que a miséria e a fome sejam superadas, a Justiça seja restaurada, e todos possam se sentar, como irmãos, ao redor da Mesa da Fraternidade.

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