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São Deodato

Redação - 08 de novembro de 2019 - 09:00

Deodato, cujo nome significa “dado por Deus’, era filho de Estêvão, um subdiácono romano. Durante 40 anos, ele exerceu o ministério sacerdotal em Roma e, no ano 615, foi eleito Papa em substituição a Bonifácio IV. No seu tempo o Papa era o guia espiritual e civil do povo, o juiz e o magistrado supremo. Por causa disso, quando o Papa morria, o povo de Roma se sentia totalmente desprotegido, à mercê das invasões dos bárbaros e das exigências do império do Oriente. Embora houvesse uma teoria vigente, segundo a qual o Papa e o imperador do Oriente deveriam governar como “dois únicos”, isto é, de pleno acordo, Constantinopla, sede do mundo cristão no Oriente, não era absolutamente sensível às pretensões de Roma, sede do mundo cristão no Ocidente. Além de hábil mediador, São Deodato era um homem preocupado e atento às necessidade do povo. E os romanos foram testemunhas oculares de seu zelo e dedicação, principalmente por ocasião das grandes calamidades que se abateram sobre o império romano, nos três anos de seu pontificado: as invasões bárbaras, um terremoto e uma violenta epidemia de elefantíase. São Deodato também ajudou, protegeu e defendeu o clero. Foi ele que concedeu ao padre o direito de celebrar duas missas num mesmo dia. Foi ele também o primeiro Papa a estabelecer, através de testamento, doações para serem distribuídas com o povo por ocasião da morte do pontífice. O martirológio romano revalida sua fama de santidade com um fato: numa de suas frequentes visitas aos doentes, que eram sempre os mais abandonados e atingidos pela lepra, ele teria curado um deles, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado. São Deodato morreu em novembro de 618, e sua morte foi chorada por todos, especialmente pelos que tiveram a oportunidade de conhecer seu bom coração.

Hoje São Deodato que iluminou, com muita energia e coragem, a caminhada de seu povo e o guiou em meio às situações mais adversas, nos lembra que, embora só Jesus seja a verdadeira Luz, o único Guia e Mestre, ninguém que foi enxertado em Cristo pelo batismo e feito participante de sua natureza divina, pode esconder sob a mesa a luz que recebeu com o primeiro dos sacramentos. “Vocês são a luz do mundo, que a luz de vocês brilhe diante dos homens”. Essa é a nossa missão: ser guia e luz para o irmão lá onde ele sofre suas dores, chora suas perdas, luta por suas vitórias e alimenta sua esperança.

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