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Geral

São Cornélio e São Cipriano

Paróquia de São Pedro - 16 de setembro de 2018 - 09:00

São Cornélio foi eleito Papa em 251 e seu pontificado foi marcado por muitos conflitos externos e internos. Além da violenta perseguição movida por Décio contra os cristãos, ele enfrentou o cisma comandado por Novaciano que defendia a teoria de que não devia ser readmitido na comunidade eclesial quem, depois do batismo caísse em falta grave. Como o Papa Cornélio se opusesse a essa idéia, Novaciano partiu para o combate aberto e proclamou-se Papa em seu lugar. São Cipriano que, na ocasião, era bispo de Cartago, apoiou Cornélio. No fim do reinado de Décio a perseguição tornou-se mais branda, mas quando o imperador Galo substituiu Décio, a perseguição recrudesceu. São Cornélio foi o primeiro a ser preso. Com intrepidez e em meio aos maiores tormentos confessou sua fé em Jesus Cristo e foi condenado ao exílio onde morreu, no dia 14 de setembro de 252. São Cipriano nasceu em Cartago, na África, lá pelo ano 210. Pagão, homem de fina educação, advogado, grande orador, fazia parte da alta burguesia local. Converteu-se ao cristianismo, foi batizado no ano 245 e mais tarde, escolhido para bispo de Cartago. Mal tomou posse na Diocese, estourou a perseguição movida por Décio. Segundo o decreto do imperador, todo cristão devia possuir um atestado de cidadão bom e honesto que seria concedido aos que prestassem culto aos deuses romanos. Alguns cristãos, com medo, renegaram a fé e foram chamados de “decaídos”. Outros subornaram funcionários do governo e, mesmo sem satisfazer as condições exigidas, receberam os atestados. Os que assim procederam foram taxados de “libelados”. São Cipriano optou pela clandestinidade. Quando a situação se acalmou, ele voltou, perdoou os libelados, sem contudo fechar a porta aos decaídos, no que foi apoiado pelo Papa Cornélio. Com o agravamento da perseguição por parte do imperador Galo, ele foi desterrado, porém quando viu que foi condenado à morte, voltou para Cartago. Convém, disse ele, “que o Bispo confesse o Senhor na sua cidade, e deixe ao povo a lembrança de seu testemunho”. São Cipriano morreu no ano 258, decapitado.

Hoje, nesse mundo tão pródigo em rixas e pontos de vista inarredáveis, é gratificante relembrar as figuras de Cornélio e Cipriano, que se deram as mãos para dizer não a todos os radicalismos, inclusive religiosos. Com eles aprendemos que mais do que de condenações e prisões, o que o mundo precisa é de pessoas de fé magnânima, mãos acolhedoras e corações misericordiosos.

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