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São Charbel

Redação - 24 de dezembro de 2018 - 09:00

Charbel Makhlouf, um monge eremita da Igreja do Rito Oriental, nasceu no dia oito de maio de 1828, na aldeia de Bkaakafra, nas altas montanhas do Líbano. No batismo recebeu o nome de José. Aos 23 anos ingressou num mosteiro da Ordem Libanesa Maronita em Byblos. Fez o noviciado no mosteiro de São Marun, em Annaya, e foi nessa ocasião que recebe o nome de Charbel. Em 1853 professou os votos de pobreza, obediência e castidade, e a seguir foi enviado para o mosteiro de São Cipriano e Santa Justina a fim de estudar teologia. Após seis anos de estudos teológicos, foi ordenado sacerdote, retornando ao Mosteiro de São Marun, onde passou a exercer seu ministério, servindo aos irmãos e dedicando-se à execução de todo tipo de trabalhos manuais. Depois de 16 anos, São Charbel obteve de seus superiores a permissão para realizar o grande sonho de se fazer eremita. Para melhor perscrutar a Palavra de Deus e, como dizia ele, “estar a sós com o Único”, recolheu-se na ermida de São Pedro e São Paulo, situada a apenas dois quilômetros do Mosteiro de Annaya, dedicando-se à contemplação, ao jejum, à penitência, ao louvor de Deus, e ao trabalho manual. Cultivava um especial amor a Jesus no Santíssimo Sacramento e à Bem Aventurada Virgem Maria. O Rosário não saía de suas mãos e longas horas eram passadas em amorosa adoração a Jesus Eucarístico. No dia 16 de dezembro de 1898, quando celebrava a Eucaristia, sofreu uma lesão cerebral grave, vindo a falecer no dia 24 de dezembro, vigília da festa de Natal. Tinha então 70 anos de idade. Foi solenemente canonizado no dia nove de outubro de 1977, pelo Papa Paulo VI, na Basílica de São Pedro, em Roma, numa solenidade que, entre outros sacerdotes, contou com a presença do patriarca maronita de Antioquia. Foi esta a primeira canonização de um membro da Igreja do rito oriental, presidida por um Papa desde que o Vaticano traçara, há quatro séculos, uma nova orientação para aquele processo. Por causa das multidões que visitam o túmulo de são Charbel em Annaya, e dos muitos milagres que acontecem por sua intercessão, Annaya passou a ser chamada de “A Lourdes do Líbano”.

Hoje São Charbel Makhlouf, que em seu tempo foi ponto de unidade entre o oriente e o ocidente, nos lembra que a unidade é a essência de Deus, e convida os cristãos de denominações e ritos diferentes, a superar as dificuldades existentes, a abrir novos caminhos de diálogo para que juntos, unidos na mesma fé, possam anunciar Jesus Cristo e proclamar um tempo de justiça, de unidade e de paz para o mundo.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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