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São Carlos Borromeu

Redação - 04 de novembro de 2019 - 09:00

Carlos Borromeu nasceu em Arona, Itália, no dia dois de outubro de 1538, numa família nobre e tradicionalmente cristã. Desde menino revelou inclinação para a vida sacerdotal, mas foi a morte do irmão mais velho que o fez realmente decidir-se. Formou-se em Direito Canônico e Civil. Ainda Jovem foi chamado pelo Papa Pio IV, que era seu tio materno, para fazer parte do clero. Carlos Borromeu renunciou ao título de conde e ao direito de sucessão e, aos 24 anos de idade, foi ordenado sacerdote e bispo, assim como encarregado da administração dos negócios da Santa Sé. Dois anos após a morte do Papa Pio IV, ele deixou definitivamente Roma para assumir o cargo de Cardeal e Arcebispo da diocese de Milão. Com seus bens pessoais ele construiu albergues, hospitais, casas de formação para o clero e deu grande impulso à evangelização, com especial atenção para a imprensa e a formação dos leigos. Adepto de uma disciplina rígida para o clero, sofreu muitas hostilidades pelos que apreciavam as mordomias. A diocese de Milão era formada por uma população de várias origens étnicas, e a todos ele recebia e atendia com a mesma solicitude. Sua casa estava sempre de portas abertas para o povo, e com o povo ele vivia em permanente contato, escutando-lhe as necessidades e confidências. Visitava os pobres e os doentes em lugares onde nem médicos ousavam ir. Quando em 1570 uma epidemia de peste assolou a cidade de Milão, a epidemia recebeu seu nome, por ter sido ele a figura central do movimento de ajuda aos atingidos pela doença. Enquanto o governador, com medo, mandava trancar as portas de seu palácio, Carlos Borromeu mandava abrir as portas de sua casa. Para ajudar o povo, doou peças de ouro e objetos de arte, e até sua cama ele mandou para um dos hospitais. São Carlos Borromeu morreu em 1584, aos 46 anos de idade. Sua divisa continha apenas uma palavra: humildade. E essa foi realmente uma virtude que ele assumiu plenamente em sua vida.

Hoje Carlos Borromeu, um homem que não se deixou dominar pela riqueza material, mas a usou para ajudar os mais necessitados e propagar a mensagem do Evangelho, nos diz que o mal não está em possuir bens, mas em permitir que os bens metalizem nossas mãos e endureçam nossas juntas. Com Carlos Borromeu aprendemos que mais mortífera que a peste que mata o corpo, é o egoísmo, a peste que mata o espírito e nos impede de abrir nossas casas, nossas mãos, nossos corações, para acolher e servir ao irmão.

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