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São Bruno

Redação - 06 de outubro de 2019 - 09:00

São Bruno nasceu em Colônia, importante cidade da Alemanha, no ano 1035, numa nobre família alemã. Aos 14 anos foi estudar em Reims, Paris, voltando à Alemanha para concluir os estudos e ser ordenado sacerdote. Foi nomeado cônego da Catedral de Colônia, mas logo depois foi chamado pelo arcebispo de Reims que lhe confiou a secretaria de todos os centros de ensino da respectiva diocese. Intelectualmente, era um privilegiado. De caráter firme, inclinado à meditação, detestava a superficialidade e gostava de ir ao âmago das coisas. Apesar de ser chamado de “Luz da Igreja”, “Flor do Clero” e “Glória da Alemanha e da França”, não se envaidecia com os elogios. Desiludido do mundo com suas vaidades temporais, renunciou aos bens materiais e às comodidades de seu tempo, para colocar em prática uma aspiração da juventude: buscar a solidão do deserto para, no contato com as regiões mais íntimas de seu coração, alcançar Deus. Para concretizar esse desejo, dirigiu-se com mais seis companheiros para Grenoble onde o bispo D. Hugo os recebeu de braços abertos, abençoou-os nos seus propósitos de vida de silêncio e solidão, deu-lhes terras e ajudou-os a construírem as ermidas, como eram chamadas as pequenas casas onde eles repousavam e trabalhavam. A igreja onde se reuniam para rezar, era o único ponto de encontro da comunidade. Esse núcleo foi o início da Ordem Cartuxa, a mais severa e radical da Igreja que procurava, com esse tipo de organização, conciliar vida silenciosa com vida comunitária. Quando o Papa Urbano II foi eleito, chamou São Bruno para seu conselheiro. Esse, a princípio, não aceitou o convite, porém foi convencido pelo Papa que usou o seguinte argumento: “Pensas demais em ti e na tua salvação. Será justo, por causa dela, descuidar da salvação de toda a Igreja?”. Bruno aceitou a missão, mas num determinado momento, quando sentiu que não se adaptava à vida da cidade, foi para a Calábria, no sul da Itália onde fundou uma nova ordem cartuxa no modelo da francesa. Aí morreu no dia seis de outubro de 1101.

Hoje, para esse nosso mundo, onde as pessoas têm dificuldade para ouvir-se e ouvir a voz do mundo, São Bruno, que soube com muito acerto conciliar vida solitária com vida comunitária, traz uma mensagem: tão importante quanto buscar o silêncio para melhor lançar um olhar sobre nosso núcleo interior e nossa verdade, é incluir nesse encontro pessoal, um olhar sobre as circunstâncias e as realidades que nos rodeiam, vez que elas condicionam e influem no nosso modo de pensar, de agir e de ser.

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