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São Bernardo de Claraval

Redação - 20 de agosto de 2019 - 09:00

São Bernardo, confessor e doutor da Igreja, nasceu em 1090, na França, de família nobre e cristã. Alto, louro, olhos azuis, muito amável, era, com sua beleza viril, cobiçado pelo mundo. Ele entretanto, apesar de tantas tentações, só uma coisa aspirava: dedicar toda sua vida a Deus. Sua mãe, que imprimiu em seu coração uma profunda devoção a Maria Santíssima, morreu quando ele tinha somente 23 anos de idade. Aos 19 anos, apesar de certa resistência do pai, Bernardo entrou para o convento dos monges cistercienses. Dizem seus biógrafos que ele foi um monge perfeito e que, com seu exemplo de vida, conseguiu atrair para a vida religiosa muitos jovens, entre os quais cinco irmãos de sangue, parentes e amigos. Como havia naquela época muitos jovens querendo ingressar no Convento, o abade Estevão decidiu fundar um novo convento, e para isso enviou Bernardo com mais 12 companheiros para o Vale do Absinto. A esse novo convento Bernardo deu o nome de Claraval, que quer dizer Vale Claro. Embora nesse novo mosteiro a regra beneditina, “ora e trabalha”, fosse seguida com muito rigor, Bernardo fazia questão de lembrar que não havia regra maior que a do coração: “Amemos e seremos amados; amar em Deus é ter caridade; procurar ser amado por Deus é servir à caridade”. Mesmo sem gozar de boa saúde, eram incríveis sua resistência física e espiritual e capacidade criativa. Sua fama de santidade aumentava cada vez mais, e ele foi o guia espiritual de uma verdadeira multidão de monges, sendo que cerca de 900 religiosos fizeram votos em sua presença. Bernardo rezou e trabalhou muito pela renovação e unidade da Igreja e pela conversão dos povos. Apesar dos muitos encargos, ainda encontrava tempo para escrever obras repletas de otimismo e doçura, como “O Tratado do Amor de Deus” e o “Comentário ao Cântico dos Cânticos’, que é uma comovente declaração de amor a Maria. É o autor do conhecido hino “Ave Maris Stella” e da invocação “Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”. Morreu em Claraval, em 20 de agosto de 1153.

Vivemos num mundo onde os nossos negócios estão acima de tudo, e onde o individualismo nos impede de abrir-nos para tudo que não é do nosso interesse. É para esse mundo que São Bernardo repete o que disse há nove séculos: “Os negócios de Deus são os meus, nada do que lhe diz respeito me é estranho”. Esse é o nosso desafio hoje: fazer da vontade e dos negócios de Deus, a nossa vontade e os nossos negócios.

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