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Santos e Corinthinas: agora, vale a taça

Helder Júnior e Rodrigo Martins - Gazeta Esportiva - 03 de maio de 2009 - 11:23

Camisetas e faixas com a inscrição "campeão invicto" já estão à venda. O presidente Andrés Sanchez, o técnico Mano Menezes e o elenco do Corinthians se recusaram a vestir essas carapuças, mas admitem que a equipe tem como objetivo conquistar o título do Campeonato Paulista sem perder para o Santos neste domingo, a partir de 16 horas (de Brasília), no Pacaembu.

Com 48 pontos ganhos em 22 jogos disputados no Estadual, sendo 13 vitórias e nove empates, o Corinthians já assegurou nesta temporada a Taça dos Invictos - premiação criada pela Gazeta Esportiva.Net e concedida ao time que por mais tempo permaneceu imbatível na competição. O outro troféu, de campeão paulista, irá ao Memorial do clube mesmo com uma derrota por até dois gols de diferença diante do Santos.

O Campeonato Paulista não tem um vencedor invicto, no entanto, desde 1972. O Palmeiras ficou com o título na ocasião ao contabilizar 15 vitórias e sete empates - campanha quase igual à do São Paulo, que ficou com 14 resultados positivos e oito igualdades. O Corinthians, por sua vez, tem em sua história quatro conquistas estaduais sem perder: 1914, 1915, 1929 e 1938 - nos três primeiros anos, sequer empatou para levantar a taça.

"Claro que a torcida quer um título sem derrota, assim como nós. Mas precisamos estar focados na partida, cientes que do outro lado teremos uma equipe forte e em condições de ganhar", alertou o técnico Mano Menezes, que tentou remover o salto das chuteiras de seu elenco depois da vitória por 3 a 1 sobre o Santos, na Vila Belmiro, domingo passado. "Os corintianos sabem bem que não se ganha título de véspera", colaborou o presidente Andrés Sanchez.

Um tropeço na quarta-feira fez Mano Menezes redobrar a atenção dias antes do clássico deste final de semana. O Corinthians perdeu por 3 a 2 para o Atlético-PR na Arena da Baixada, pela Copa do Brasil, e acabou com a sua invencibilidade em 2009. "Foi um aviso", definiu o treinador. "Sabíamos que a primeira derrota no ano aconteceria um dia. Mas a equipe soube perder em um momento que podia e ainda foi buscar dois gols no final do jogo", ponderou.

No Santos, o clima é de confiança, mesmo diante da necessidade de fazer um placar elástico no Pacaembu. O técnico Vágner Mancini se apega ao passado para motivar seus comandados. "É óbvio que a vantagem do Corinthians aumentou. Mas nada está perdido. No futebol, existe o improvável, não o impossível. Em 1995, eu jogava no Grêmio e ganhamos de 5 a 0 do Palmeiras, pela Libertadores, no Olímpico. No jogo de volta, levamos uma virada de 5 a 1 e quase ficamos fora. No ano passado, o América do México perdeu por 4 a 2 do Flamengo e venceu por 3 a 0 no Maracanã depois", exemplificou.

Segundo Mancini, a melhor estratégia para reverter a vantagem corintiana é marcar um gol logo no início do jogo. "A partir desse momento, tudo pode mudar. Até porque eles não vão jogar atrás dentro de casa. O Corinthians tem uma equipe forte, mas, mesmo assim, conseguimos dez chances de gol contra eles na primeira partida da final. Não estou tirando isso da cartola. Enquanto sobrar suor, vamos lutar", pregou o comandante.

E, se Mano Menezes preveniu seus jogadores contra declarações polêmicas, mais prudente ainda foi Mancini. O técnico proibiu os atletas do Santos de concederem entrevistas na semana que antecedeu a final. "Essa determinação partiu de cima, da diretoria, e eu acatei. Não sei se é bom ou ruim, mas foi uma atitude tomada para preservar o bom ambiente de trabalho. Os atletas entenderam tudo numa boa", justificou o porta-voz do elenco.

Em campo, a decisão deste domingo correu o risco de ter os desfalques dos principais destaques das equipes. Ronaldo lesionou uma costela contra o Atlético-PR, porém Mano Menezes e o departamento médico corintiano se preocuparam em rapidamente tranquilizar os torcedores e assegurá-lo em campo no Pacaembu - ainda que sem mostrar os resultados dos exames e retroceder na sexta-feira. O mesmo fizeram os santistas quando Neymar chorou ao machucar o pé esquerdo em um treinamento no CT Rei Pelé.

Os finalistas terão outras baixas em suas formações. Pelo Corinthians, o zagueiro-artilheiro Chicão cumprirá suspensão automática e cederá espaço ao jovem Diego. "A equipe já jogou outras vezes sem o Chicão, e o Diego fez bem a função", passou confiança o capitão William. Já o Santos não contará com o defensor Fabão e o polivalente Pará, ambos suspensos. Domingos e Roberto Brum são os prováveis substitutos.

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