A vitória sobre o Paraná Clube, por 3 a 2, de virada, no último domingo (25), pelo Campeonato Brasileiro, confirmou o Santos Futebol Clube entre as equipes que vão disputar a próxima edição da Taça Libertadores da América. Semifinalista neste ano de 2007, o Peixe disputa pela quinta vez, em seis anos, a principal competição sul-americana e estabeleceu uma nova marca no clube.

Pela primeira vez o Santos participa cinco vezes em uma década do principal torneio do continente. Este feito inédito ganha maiores proporções se considerarmos que o Peixe, de 2003 para cá, só ficou de fora da Libertadores 2006. Em 2008, o clube fará a décima participação no torneio. Antes da década atual, a equipe participou quatro vezes nos anos 60 e uma nos anos 80 deste torneio.

Para o presidente Marcelo Teixeira , estes resultados são frutos do trabalho que é desenvolvido pelo clube. "Desde quando assumimos a presidência, em 2000, nosso objetivo era recolocar o Santos FC entre os maiores times do brasil e do mundo. O título brasileiro em 2002 nos abriu estas portas, pois voltamos depois de quase duas décadas a disputar a Libertadores. Hoje, comemoramos outro feito, que é participar pela quinta vez, em seis edições da principal competição sul-americana, marca esta que nem na década de 60 conseguimos", disse.

A volta do clube, bicampeão da Taça Libertadores, em 1962 e 1963, as grandes competições do continente aconteceu em 2003, 19 anos após a sua última participação, depois de ter sido eliminado na primeira fase, em 1984. A nova geração dos Meninos da Vila - comandada por Diego e Robinho, que havia tirado o Santos de uma fila de 18 anos sem ganhar um título importante, campeã brasileira em 2002 - não tinha a experiência de torneios internacionais, mas tinha na sua qualidade técnica e na personalidade de seus garotos, a sua maior virtude.

Reforçados no ataque pelo centroavante Ricardo Oliveira que viria a ser o artilheiro da Taça Libertadores daquela ano, ao lado de Marcelo Delgado (Boca Juniors), com nove gols - o Peixe fez bonito no seu retorno a Libertadores, chegando a grande final, após eliminar o Nacional (Uruguai), Cruz Azul (México) e Independiente Medellin (Colômbia), num jogo dramático fora de casa, em que os santistas chegaram a estar perdendo e só garantiram a classificação, nos últimos minutos, com um gol de Léo. O Santos FC acabou ficando com o vice-campeonato, ao ser derrotado pelos argentinos do Boca Juniors, na decisão.

Com o vice-campeonato brasileiro no mesmo ano, o Santos FC garantiu o direito de disputar mais uma Taça Libertadores. Eliminado nas quartas-de-final, pelo colombiano Once Caldas, que ao final se sagraria campeão do campeonato, o Peixe assegurou a participação no principal torneio das Américas ao ganhar o título brasileiro de 2004.

Em 2005, após uma boa campanha na primeira fase e eliminar o Universidad do Chile, o Alvinegro Praiano caiu diante do Atlético Paranaense, na fase de quartas-de-final, desfalcado de seus principais jogadores na época, Léo e Robinho, que estavam a serviço da Seleção Brasileira, na Copa das Confederações. Após um ano fora da competição, os santistas voltaram a jogar a Taça Libertadores da América, em 2007, pois terminaram o Brasileirão 2006 em quarto lugar.


Na repescagem, o Peixe eliminou o Blooming (Bolívia), com vitórias fora de casa (1 a 0) e na Vila Belmiro (5 a 0). Dono da melhor campanha da primeira fase, o Santos FC derrotou Caracas (Venezuela) e América (México), chegando mais uma vez as semifinais. Após duas partidas emocionantes contra o Grêmio, acabou sendo eliminado. Derrotado em Porto Alegre (RS), por 2 a 0, o Alvinegro Praiano viu a sua tarefa ainda mais dificultada quando Diego Souza abriu o marcador para os gaúchos. Empurrados pela torcida, os santistas ainda viraram o jogo para 3 a 1, com dois gols de Renatinho e um de Zé Roberto.