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Santos busca feito inédito para impedir Bi do Azulão

Gazeta Esportiva - 06 de maio de 2007 - 14:13

Jamais uma equipe conseguiu ser campeã paulista quando precisava marcar dois gols no jogo decisivo. Após ser surpreendido e perder por 2 a 0 a primeira final do Estadual para o São Caetano, o Santos buscará o feito inédito às 16 horas deste domingo, novamente no Morumbi, para faturar a taça pelo segundo ano consecutivo.

Os bicampeonatos legítimos, como almeja o Peixe, rarearam no Paulistão. Desde 1994, um time não alcança essa conquista. O último foi o Palmeiras, sob o comando do próprio Wanderley Luxemburgo. Para o Santos, o jejum de títulos em série no Estadual vem desde a década de 1960.

A história ou o resultado do primeiro jogo da final não são suficientes para abalar o ânimo dos santistas. Logo após o empate por 2 a 2 com o Caracas, pela Copa Libertadores da América, o técnico Wanderley Luxemburgo prometeu um “time de guerreiros” à torcida. “O Santos não está morto. O São Caetano tem uma grande equipe, mas temos condições de reverter. Ainda faltam 90 minutos e o torcedor pode ter certeza de que vamos suar sangue para buscar esse bicampeonato”, repetiu.

O otimismo do treinador ganhou força nas palavras do experiente Zé Roberto, craque do time e esperança da torcida para conseguir a virada. “Esse é um momento de superação, de um ajudar ao outro. Se chegamos aqui, não foi por acaso, e sim fruto de um trabalho. Nosso objetivo é conquistar o bicampeonato e acredito que temos todas as condições de alcançá-lo”.

O problema enfrentado fora de campo, com as dispensas de Pedro e Rodrigo Tiuí e as farpas dirigidas pelos jogadores a Wanderley Luxemburgo na última quinta-feira, não irá atrapalhar a equipe. Pelo menos é o que garante Zé Roberto. “Isso é um problema para ser resolvido pelo presidente e não tenho o que falar, pois sou jogador como eles. Só sei que todos estão focados apenas na conquista do título e no jogo de domingo”.

Luxemburgo protegeu seu elenco em Atibaia e se fez de escudo na troca de farpas com Tiuí e Pedro. “Sempre deixo tudo às claras para os meus jogadores”, garantiu o treinador, que, por outro lado, ganhou um problema para escalar o Santos sem um dos dispensados.

Denis, o substituto natural de Pedro, lesionou gravemente o joelho esquerdo no empate com o Caracas. Como não irá aproveitar o “esquecido” Neto, que não vem sendo sequer relacionado, Luxemburgo terá de improvisar na lateral direita. O prata-da-casa Dionísio foi o escolhido para entrar em campo na Venezuela, porém pode ter diminuído suas chances de ser escalado ao ser expulso. Pedrinho, Rodrigo Tabata e Maldonado surgem como opções de improvisação.

Também por uma contusão no joelho esquerdo, o zagueiro Antônio Carlos, que pode alcançar o feito de ser campeão paulista pelos quatro grandes clubes do Estado, é desfalque. Ávalos é o favorito para ocupar a vaga e tem a benção do experiente zagueiro. “Ele jogou as quatro últimas partidas quando o Santos foi campeão brasileiro em 2004 e também a última do Paulista (contra a Portuguesa) e saiu campeão. É pé quente”, elogiou, colocando Ávalos na frente da briga com Marcelo e Leonardo.

Ao contrário do primeiro jogo da final, Luxemburgo faz mistério. “Vamos analisar as possibilidades. Problemas são do futebol e a gente tem que resolver. Já tenho uma idéia do que vou fazer, mas não vou dizer”, despistou o técnico, que também pode apostar em uma formação com três zagueiros e um jogador mais ofensivo na ala direita.

No São Caetano, Dorival Júnior confirmou os retornos do volante Glaydson e do meia Canindé, que cumpriram suspensão no último jogo. “É preciso ser coerente, mesmo que o Galiardo e o Ademir Sopa tenham entrado muito bem e estejam preparados. Por tudo o que fizeram no campeonato, o Glaydson e o Canindé são os titulares”, explicou.

Enquanto o Santos busca o segundo título estadual seguido, no Azulão a expectativa é pela possibilidade de repetir o feito de 2004 e se tornar o primeiro clube de fora da capital (com exceção do Peixe) a conquistar o troféu de campeão paulista mais de uma vez.

Atualmente, o Azulão está no mesmo patamar de Internacional (Limeira), Bragantino (Bragança Paulista), Ituano (Itu) e São Paulo da Floresta (extinta equipe da capital). Bem longe do Santos e seus 16 títulos. Por isso, o técnico Dorival Júnior prega humildade.

“Temos que ter a consciência de que vamos jogar uma final contra o Santos Futebol Clube e não podemos cometer erros”, discursou, minimizando o placar de 2 a 0 da primeira partida. “A vantagem que temos é mínima frente ao adversário que estamos enfrentando. Contra uma equipe como Santos, que é mais qualificada que a nossa, o que conseguimos, na verdade, é uma motivação maior”, disse.

Para não sofrer pressão dos santistas, a ordem do treinador é não ficar na retranca. “O confronto, para nós, está 0 a 0. Eu passo para os atletas que não podemos mudar o comportamento, não podemos deixar de agredir o Santos”, afirmou, lembrando que o Peixe está acostumado a atacar e quase não é atacado.

“O professor passou para nós que não podemos ficar atrás, apesar de saber que o Santos terá de vir para cima. Vamos marcar quando estivermos sem a bola, tirar os espaços, e sairemos para o ataque quando estivermos com a bola”, acrescentou o lateral Triguinho, um dos três remanescentes do título de 2004 – os outros são Thiago e Somália.

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