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Geral

Santo Otávio

Redação - 20 de novembro de 2018 - 09:00

Hoje celebramos a memória de Santo Otávio e de seus companheiros mártires, Solutor e Aventor, todos muito conhecidos na Itália e com muitos devotos, principalmente na cidade de Turim. Eles eram soldados da Legião Tebana e sofreram o martírio, durante a perseguição do imperador Maximino. Apesar de se terem declarado cristãos, os três escaparam do massacre de Agaunum, ordenado pelo imperador. Conseguiram fugir, mas logo depois a fuga foi descoberta e eles foram implacavelmente perseguidos. A caçada terminou nas proximidades da cidade de Turim. Otávio e Aventor foram mortos no local. Solutor, provavelmente por ser mais jovem e estar apenas ligeiramente ferido, conseguiu escapar, refugiando-se numa gruta de areia, às margens de um rio. Não demorou, contudo, a ser descoberto e decapitado, no meio de um pântano. Uma senhora romana, piedosa e cristã de nome Juliana, convidou os assassinos para cearem em sua casa, embriagou-os e conseguiu saber onde se encontravam os corpos dos mártires. Procurou-os e sepultou-os dignamente, nas vizinhanças da cidade de Turim e, sobre esses sepulcros, mandou construir uma capelinha. No fim do século V, o bispo Vítor ampliou e transformou a capelinha numa basílica que mais tarde foi incorporada a um mosteiro beneditino dedicado a São Solutor. Quando os franceses demoliram o mosteiro, os corpos dos três mártires foram transferidos para a Consolata. Em 1575 foi construída a igreja dos mártires, para onde foram trasladadas e onde se encontram até hoje, as relíquias de Santo Otávio, e de seus dois companheiros mártires.

Após vinte séculos de cristianismo a sociedade não mudou muito. Não mudou porque, talvez mais do que o imperador Maximino, os ídolos do Ter, do Poder e do Prazer continuam reinando absolutos em nossos templos de consumismo e fazendo mais vítimas que o poderoso império romano; não mudou; porque não somos suficientemente generosos para partilhar o poder, as riquezas e os dons que recebemos, mas os usamos para fazer deles correntes e amarras que dominam e tiranizam especialmente os mais pobres e simples. Diante dessa realidade que continua desafiando a nossa fé, somos convidados pelos três mártires cujos nomes celebramos hoje, a não nos intimidarmos, a sairmos das arquibancadas do individualismo para a arena da vida, a lutarmos em favor dos direitos humanos e de uma sociedade mais igual, mais fraterna e justa para todos.

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