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Santo Inácio de Azevedo e Companheiros

Redação - 17 de julho de 2019 - 09:00

Inácio de Azevedo nasceu em 1526, em Portugal, numa família rica e nobre, recebendo cuidadosa educação. Aos 18 anos já cuidava da administração dos bens da família. Após um retiro em Coimbra, ele decidiu entrar para a Companhia de Jesus e aos 26 anos já era Reitor do Colégio Santo Antônio, em Lisboa. Foi também Vice-Provincial da Ordem. Em 1565, São Francisco Borja, que era o Superior da Companhia de Jesus, confiou-lhe a inspeção das missões nas Índias e no Brasil. Em 1570 ele veio para o Brasil, acompanhado de 73 missionários, distribuídos em três navios. O barco em que viajava com mais 39 companheiros, separou-se dos outros dois e eles foram atacados por piratas franceses calvinistas que, cheios de ódio, decretaram a morte dos padres, a não ser que renegassem a fé. Dos 39 missionários, 31 eram portugueses e oito eram espanhóis. Todos foram jogados ao mar. Alguns já mortos, outros gravemente feridos e outros sem nenhuma lesão. Padre Inácio confessou corajosa e publicamente sua fé e morreu com uma punhalada na cabeça e duros golpes por todo o corpo. Em 1854 o Papa confirmou o culto desses 39 mártires.

Hoje lembramos também Bartolomeu de Las Casas, sacerdote dominicano, nascido na Espanha em 1474, primeiro padre ordenado no continente latino americano e figura inesquecível para todos as pessoas comprometidas com os direitos humanos. Da Espanha ele foi para Cuba e depois para o México. Neste país, solidário com a causa dos índios, tornou-se um dos defensores mais ardentes destes e dos negros. Muito perseguido e criticado, mas também muito querido pelo povo mexicano, morreu em Madri, em 1566, jamais deixando de defender, mesmo de longe, seus queridos índios. Entre suas numerosas obras, uma das mais importantes é a “História dos Índios’.

A América que no passado não teve a felicidade de acolher Inácio de Azevedo e seus 39 companheiros mártires, é a mesma que hoje anseia por missionários convencidos de que vale a pena assumir o compromisso de anunciar Jesus, mesmo que para isso tenham que entregar a própria vida. A América que no passado acolheu Bartolomeu de Las Casas, é a mesma que continua sonhando o sonho de um continente livre, onde as minorias tenham os seus direitos respeitados, onde os cristãos não se contentem em sentir pena dos pobres, mas os ajudem a resgatar a dignidade que lhes foi roubada.

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