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Santo Estêvão

Redação - 26 de dezembro de 2018 - 09:00

Estêvão foi o primeiro mártir do cristianismo. Depois de Pentecostes os apóstolos dirigiram o anúncio da mensagem cristã aos judeus mais próximos. Estes formaram, então, uma comunidade que procurava viver integralmente o preceito da caridade fraterna, colocando tudo em comum e repartindo diariamente com todos aquilo que era necessário para o sustento de cada um. Com o crescimento do número de cristãos, os apóstolos, para poderem entregar-se mais à pregação do Evangelho, decidiram constituir um grupo para atender às necessidades das viúvas, órfãos e pessoas pobres comunidade. Esse serviço foi confiado a sete pessoas – ministros da caridade – que eram chamados de diáconos. Estêvão, um judeu da Diáspora, era um desses sete. Além de exercer as funções de administrador dos bens da comunidade, Estêvão anunciava a Boa Nova com muito zelo, tendo com o exemplo de seu zelo e alegria, levado muitos à conversão. Acusado de blasfemar contra a Lei e o Templo, foi levado ao Sinédrio para ser julgado. Diante dos doutores da Lei, dos sacerdotes e das falsas testemunhas, Estêvão afirmou não haver cometido nenhuma blasfêmia, mas aproveitou a ocasião para fazer um longo discurso, afirmando que Jesus era o Messias anunciado pelos profetas e que Deus também se revelava fora do Templo. Ao ouvirem as palavras de Estêvão, os membros do Sinedrio se enfureceram, lançaram-se sobre ele e o levaram para fora da cidade a fim de ser apedrejado. Debaixo de uma chuva de pedras, ajoelhado, ele orou até o último momento pelos que o perseguiam, repetindo as palavras que Jesus pronunciou na cruz: “Senhor, não lhe imputes este pecado”. Entre os presentes estava Saulo, um jovem fariseu, que não atirou pedras, mas participou, do martírio de Estêvão, incentivando e guardando as túnicas dos lapidadores. Alguns séculos depois, lá pelo ano 415, os restos mortais de Estêvão foram descobertos, fato esse que causou uma comoção muito forte entre os cristãos. Sua festa foi sempre celebrada logo após o Natal.

Hoje, em nosso mundo onde a atual situação econômica, social e política torna a caridade e a solidariedade cada vez mais necessárias e urgentes, Santo Estêvão, que viveu integralmente o preceito evangélico da partilha, nos lembra que a fidelidade a Jesus e amor aos irmãos caminham juntos e são duas faces de uma mesma moeda. Como bem diz a Palavra de Deus, se não amamos o irmão a quem vemos, como vamos amar a Deus a quem não vemos?

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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