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Santo Eduardo

Redação - 13 de outubro de 2018 - 09:00

 Eduardo III, rei dos anglo-saxões, conhecido como “O Piedoso”, nasceu na Inglaterra, no ano 1003. Filho de Etereldo e de Ema, era neto, pelo lado materno, de Ricardo, Duque da Normandia. Cedo conheceu o exílio, pois assim que nasceu foi levado para a Normandia com toda a família, a fim de escapar da fúria dos dinamarqueses que ameaçavam invadir a Inglaterra. Desde menino mostrou um grande amor à virtude e aversão ao pecado. Após a morte do pai e o assassinato dos dois irmãos, ele tornou-se herdeiro único do trono. Quando um dia lhe disseram, na Corte, que ele só chegaria ao trono, abrindo caminho com uma espada, ele retrucou que nunca poria uma coroa na cabeça à custa de uma só gota de sangue. Quando a paz voltou, e um ano antes de ser coroado rei, ele se casou com Edith, mulher bondosa e culta com quem viveu em plena harmonia. Eduardo reinou na Inglaterra de 1043 a 1066, deixando uma fortíssima lembrança no meio do povo. Afastou o perigo de invasões estrangeiras, administrou os bens públicos com muita sabedoria e honestidade, aliviou a nação dos pesados impostos, construiu e restaurou igrejas que haviam sido saqueadas e conseguiu, principalmente através de seu exemplo de vida, restaurar o espírito cristão no meio do povo. Nunca teve um gesto de ira, revolta ou prepotência, seja na vida particular, seja na pública e nunca levantou a voz nem para o mais humilde dos súditos. Era justo, compreensivo e magnânimo, conquistando o coração de todos por sua doçura e afabilidade. Sua ardente caridade para com os mais pobres e necessitados lhe valeu o título de Tutor dos Órfãos e Pai dos Pobres. Morreu aos 63 anos de idade, amado por todos e em especial pelos mais simples. Logo após sua morte, devotas peregrinações começaram a ser feitas a seu túmulo, e 36 anos depois, seu corpo foi achado intato. Santo Eduardo foi canonizado por Alexandre III em 1161.

Hoje a vida de Santo Eduardo, um rei que amou muito seu povo e foi por ele amado, deveria servir de inspiração para todos os que reinam, governam ou exercem qualquer tipo de poder. De fato, há governantes que jamais sairão da memória do povo por causa dos sucessos políticos que tiveram ou pelas obras grandiosas que construíram. Entretanto só serão amados e ficarão não apenas na memória, mas também no coração do povo, os governantes bondosos, magnânimos e justos. E bem mais importante que ser lembrado é, com certeza, ser amado.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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