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Geral

Santo Antônio de Categeró

Redação - 14 de março de 2019 - 09:00

Santo Antônio de Categeró é de origem africana. Nasceu nos Montes da Barca, por volta do ano 1490. Vivia em Cartago, daí o nome categeró, corruptela da palavra cartaginês. Ele foi capturado e levado, como escravo, para o sul da Itália onde foi vendido a um rico fazendeiro de nome Giovani que lhe deu a incumbência de cuidar de seu rebanho. Sob a influência do patrão, ele, que era muçulmano, converteu-se ao cristianismo e foi batizado. No batismo recebeu o nome de Antônio, em homenagem a Santo Antônio de Pádua. Santo Antônio de Categeró era um homem de muita oração e trazia sempre consigo um terço que rezava durante o trabalho. Extremamente caridoso, repartia com os mais pobres tudo o que tinha e ganhava. Nas constantes brigas entre camponeses, era o primeiro a apaziguar os ânimos e a promover a paz. Sua bondade de coração cativava de tal modo que todos o chamavam Tio Antônio. Quando duas das sobrinhas de Giovani se casaram com dois irmãos da família Giamblundo, Antônio foi dado como dote de casamento e foi morar em Noto onde trabalhava também no campo. Depois de algum tempo de dedicado serviço, a família Giamblundo o libertou e lhe deu uma casa para morar. Santo Antônio de Categeró ainda permaneceu com a família por mais quatro anos, mas depois, a fim de cuidar dos doentes pelos quais tinha uma especial predileção, ele resolveu trabalhar num hospital. Mais tarde tomou o hábito de irmão terceiro franciscano e desejoso de experimentar uma vida de solidão e de oração, foi morar no Vale dos Pizões. Quando caiu doente e sentiu que estava perto de morrer, foi procurar a família Giamblundo que o acolheu com muito amor, mas ele preferiu ir para o hospital, a fim de poder receber diariamente a Eucaristia. Santo Antônio de Categeró morreu no dia 14 de março de 1550. Contam que no dia de sua morte, sem que ninguém os tocasse, os sinos badalaram, e que diante do fenômeno muitos exclamaram: Morreu um santo!

Hoje Santo Antônio de Categeró que, na sua simplicidade de vida, soube dar alma ao mundo do trabalho, nos convida a entender que, se tudo é dom de Deus, o direito primitivo de usar os bens materiais, pertence a todos e está além do direito de propriedade, segundo as leis humanas. Hoje Santo Antônio de Categeró nos convida a ver, no trabalho mais complexo ou no simples labor da vida diária, uma oportunidade de realização profissional e garantia da própria subsistência, mas sobretudo uma oportunidade de realizar-nos como pessoa e ajudar a expandir o Reino de Deus.

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