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Geral

Santo André Kim e Companheiros

Redação - 20 de setembro de 2019 - 09:00

Hoje a Igreja e de modo especial a Igreja na Coréia, celebra a memória de Santo André Kim e seus companheiros, todos mártires. O Evangelho de Jesus chegou às terras coreanas através de livros trazidos da China. Inicialmente a intenção dos coreanos era fazer uma pesquisa intelectual sobre a Palavra de Deus, mas terminaram se convertendo e reconhecendo Jesus, como o Cristo Ressuscitado e Salvador do Mundo. Em 1784 eles enviaram a Pequim, na China, uma pessoa da comunidade que lá foi batizada. Dessa boa semente nasceu a primeira comunidade cristã em terras coreanas, uma comunidade “sui-generis”, porque a única na história da Igreja, fundada inteiramente por leigos. Essa comunidade, apesar de jovem e inexperiente e que, no período de 50 anos, contou com a ajuda de apenas dois padres que vieram de Pequim para orientá-la e assisti-la, resistiu bravamente às dificuldades e perseguições. Era uma comunidade orante que buscava viver realmente o amor fraterno, não fazia distinção de classes sociais, incentivava as vocações religiosas e procurava cada vez mais estreitar os laços com o bispo de Pequim e até com o Papa, na distante Roma. Somente em 1836, 52 anos depois de fundada, chegaram à Coréia os primeiros missionários vindos da França, sendo que alguns destes se encontram entre os mártires que foram juntamente com André Kim, canonizados pelo Papa João Paulo II, na sua histórica visita à Coréia, para a celebração dos 200 anos do cristianismo naquele país. Os mártires foram em número de 103, a maioria nascida na Coréia, sendo 11 padres e 92 leigos, com idades entre 13 e 72 anos. Entre eles havia homens e mulheres, sacerdotes e leigos, crianças e adultos, pobres e ricos, nobres e gente do povo. Todos deram a vida pela causa do Evangelho de Jesus.

Hoje Santo André Kim e seus companheiros mártires que não vacilaram em sacrificar suas vidas pela evangelização da Coréia, nos sugerem uma reflexão sobre o papel e a presença do leigo na Igreja. Hoje, como no passado, a Igreja continua precisando de um laicato forte e organizado, para melhor poder responder às suas necessidades e aos anseios do mundo. Numa sociedade que ignora Deus e o nega e cujas estruturas vão de encontro ao projeto de Jesus, a Igreja não pode prescindir de homens e mulheres dispostos a levedar com o fermento do Evangelho o mundo da família, da educação, da saúde, do lazer, do trabalho e da política.

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