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Santo Ambrósio

Redação - 07 de dezembro de 2018 - 09:00

Santo Ambrósio nasceu numa nobre família italiana, por volta do ano 339, em Treves onde seu pai exercia o cargo de prefeito das Gálias. Seu pai morreu muito cedo e a mãe, ao ficar viúva com três filhos, voltou para Roma. Ambrósio, que era o caçula, estudou Direito, seguiu a carreira diplomática e foi nomeado governador de Milão. Quando o bispo dessa cidade faleceu, ele foi indicado para ocupar o cargo, porque gozava de muita popularidade. Como pouco conhecesse a doutrina cristã e não se achasse preparado para receber o batismo, entregou-se com afinco ao estudo da Sagrada Escritura. Recebeu o batismo no ano 374. Tudo indica que neste mesmo ano, no dia sete de dezembro, ele foi ordenado presbítero e sagrado bispo. Santo Ambrósio era um intelectual, um homem prático, ponderado, enérgico, prudente e excelente administrador. Seu enorme senso de justiça era suavizado por uma igual caridade cristã. Soube conviver com o poder, mas nunca foi servil a ele. Foi o braço direito dos jovens imperadores Graciano e Valentiniano. Teodósio I o respeitava, Máximo lhe obedecia, e a mulher do imperador Valentiniano o temia. Contam que, quando Teodósio I, para conter uma revolta em Tessalônica, mandou matar adultos, velhos e crianças, inocentes e culpados, sem a menor distinção, Santo Ambrósio escreveu-lhe uma carta, repreendendo-o severamente e exigindo dele uma penitência pública, sob pena de não poder participar dos cultos na Igreja. Santo Ambrósio cuidou com muito zelo da comunidade a ele confiada. Gostava de fazer o povo cantar e compôs um bom número de hinos, introduzindo no Ocidente o canto alternado dos salmos. Os seus comentários exegéticos que mais tarde foram reunidos em volumes, deixam perceber a alma de um pastor amigo de seu rebanho, a quem se dirige com amável simplicidade. Ficou conhecido como “pai dos pobres e benfeitor de todos os oprimidos”. Santo Agostinho, seu ouvinte assíduo e talvez seu mais famoso discípulo, o chama de “apóstolo da amizade”. Ambrósio morreu em Milão no ano 397.

Para o mundo de hoje onde são notórios o servilismo para com os que ocupam cargos de mando, Santo Ambrósio ensina que o mal não está em dispor do poder ou conviver com ele, mas em lhe ser submisso, em deixar-se escravizar por suas propostas corruptas e indecentes, em utilizar-se dele para realização exclusiva de seus projetos pessoais, em vez de colocá-lo a serviço de uma nova ordem política, econômica e social.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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