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Santo Agostinho de Hipona

Portal Angels - 28 de agosto de 2018 - 09:00

Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário era uma devota cristã, que agora celebramos como Santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas à exemplo do provérbio que diz: “A luz não pode ficar oculta”, ela entendeu que Agostinho era essa luz.

Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Nesta oportunidade se envolveu com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense que lhe deu em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude, centrou-se nos estudos e se formou brilhantemente em retórica. Excelente escritor dedicava-se à poesia e filosofia.

Procurando maior sucesso Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho, em Milão, era poder estar perto do, agora santo, Bispo Ambrósio, poeta e orador, ao qual Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir os seus sermões. Primeiro seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação, depois pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram depois. Foi batizado junto com o filho Adeodato, pelo próprio Bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387. Portanto, com trinta e três e quinze anos de idade, respectivamente.

Nesta época Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu então voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho seguiu a viagem e chegando a Tegaste em 388. Ali se decidiu pela vida religiosa e ao lado de alguns amigos fundou uma comunidade monástica, cujas regras escritas por ele deram depois origem à várias Ordens, femininas e masculinas. Porém, o então Bispo de Hipona decidiu que “a luz não devia ficar oculta” e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para isto ele o consagrou sacerdote e, logo após a sua morte em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo o novo Bispo de Hipona.

Durante trinta e quatro anos Agostinho foi Bispo daquela diocese e, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles estão sua autobiografia, “Confissões”, e “Cidade de Deus”.

Depois de uma grave enfermidade ele morreu amargurado, aos setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. No ano 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na Igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de Doutor da Igreja e é celebrado no dia de sua morte.

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