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Geral

Santas Casas anunciam paralisação por 24 horas

Deniza Gurgel/ABr - 18 de outubro de 2005 - 09:03

Os médicos e funcionários das Santas Casas e hospitais filantrópicos anunciaram uma paralisação de 24 horas, hoje, para reivindicar aumento da verba repassada pelo Ministério da Saúde. O atendimento nas emergências vai continuar, mas as consultas que estavam marcadas serão adiadas para amanhã (19) e quinta-feira (20).

Hoje existem no Brasil mais de 2 mil entidades, entre Santas Casas e hospitais filantrópicos, que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). Só no ano passado, esses estabelecimentos foram responsáveis por 4,7 milhões de internações.

O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, Antonio Brito, ressalta que não há interesse de prejudicar a população. Segundo ele, o objetivo da paralisação é mostrar a importância do serviço prestado. "Essa paralisação não é contra o governo. É em favor do SUS e da saúde brasileira. O que nós queremos é chamar a atenção, por isso, nós não queremos prejudicar a população e não vamos paralisar os serviços emergenciais e de urgência, porque sabemos das dificuldades da população hoje, já para ter um serviço".

O diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Amâncio de Carvalho, acha que a paralisação é justa, porque faltam recursos para a área de saúde. Ele diz que o ministério está aberto a conversas e negociações e que existe uma proposta para ampliação do repasse de dinheiro para os hospitais. "Reconhecemos que é necessário melhorar as ações que foram desenvolvidas. Por exemplo, há uma proposta, que foi discutida com as entidades, de um novo sistema de contrato, a partir do próximo ano, que implica a remuneração adicional de R$ 200 milhões".

Segundo Amâncio esse valor ainda não vai resolver todos os problemas da área de saúde, mas é uma demonstração de boa vontade do ministério. "Há uma posição do ministério de continuar negociando com as entidades filantrópicas outras formas de melhorar essa remuneração a partir do ano que vem". O diretor ressalta, porém, que a liberação de recursos depende do Orçamento.

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