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Santa Rosa de Lima

Redação - 23 de agosto de 2019 - 09:00

Santa Rosa de Lima, a primeira santa do Novo Mundo, nasceu em Lima, Peru, em 1568, filha de pais espanhóis, com o nome de Isabel de Oliva. Recebeu o apelido de Rosa, porque era muita bela e por causa de sua face sempre rosada. Era fisicamente tão bonita que era chamada a Rainha da Juventude de Lima. Por trás de sua fisionomia alegre e caráter simpático, se dedicava no silêncio, ao jejum e à penitência. Seus pais quiseram a todo custo casá-la, mas contrariados com sua recusa em contrair matrimônio, passaram a maltratá-la, humilhá-la e encarregá-la dos trabalhos mais humildes e difíceis. Rosa conheceu cedo as adversidades da vida, num país devastado pela sede de ouro e cobiça dos conquistadores europeus. Levada à miséria com sua família, passou a trabalhar na lavoura e a costurar até altas horas da noite para sobreviver. Como não havia naquele tempo conventos em Lima, aos 20 anos ela obteve licença do arcebispo e ingressou na Ordem Terceira de São Domingos, ocasião em que mudou seu nome para Rosa de Santa Maria, procurando sempre seguir o exemplo de sua santa predileta, Santa Catarina de Sena. Rosa construiu um pequeno quarto no fundo do quintal da casa de seu pai, onde tinha por cama um saco de estopa. Duas coisas foram muito fortes em Rosa: um amor insuperável aos índios e o espírito de oração que a levava a passar horas inteiras rezando em sua cela e a fez alcançar um alto grau de vida contemplativa e experiência mística. Acometida de grave enfermidade e nutrindo um profundo amor ao mistério da Paixão de Jesus Cristo, não se cansava de repetir: “Meu Deus, podes aumentar meu sofrimento, contanto que aumentes meu amor por Ti”. Rosa morreu no dia 24 de agosto de 1617, aos 31 anos. Santa Rosa de Lima é a padroeira da América Latina, do Peru e das Filipinas.

Hoje, quando a América Latina continua sendo alvo da ganância de potências estrangeiras que a devastam e a sugam, Santa Rosa de Lima, que se distinguiu pela vida de oração e de defesa dos índios massacrados pelos conquistadores, nos ensina que tanto quanto não podemos reduzir nossa fé a compromissos puramente sociais e políticos, também não podemos reduzi-la a preocupações apenas com a vida eterna. O Reino de Deus não é algo para depois da morte. Ele já está entre nós.

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