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Geral

Santa Maria Madalena

Redação - 22 de julho de 2019 - 09:00

Hoje celebramos a memória de Santa Maria Madalena. Existe uma divergência muito grande quanto à verdadeira identidade de Maria Madalena, pois enquanto a Igreja na América Latina, celebra as três Marias das quais falam os Evangelhos, isto é, Maria de Betânia, irmã de Marta e de Lázaro, Maria, a pecadora pública que entrou sem ser convidada na casa de Simão e lavou os pés de Jesus, e finalmente Maria Madalena, ou Maria de Mágdala da Galiléia, os organizadores do novo calendário litúrgico acreditam, assim como São Gregório Magno, que se trata de uma única Maria. Para os gregos, que a honram desde o século VI, Maria Madalena não é a pecadora da qual fala o Evangelho, mas uma daquelas mulheres que, fascinadas pela mensagem de Jesus, o seguiam e o serviam enquanto ele andava de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, da Galiléia à Judéia, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. A Maria Madalena que celebramos hoje, é a que acompanhou Jesus durante sua dolorosa paixão e crucificação, é a que permaneceu firme ao pé da cruz ao lado de Nossa Senhora, é a que, quando tantos tiveram medo e se esconderam, mostrou coragem, amor e fidelidade a toda prova. A Maria Madalena que celebramos hoje é a mesma que esteve presente ao sepultamento de Jesus e foi a primeira testemunha de sua ressurreição. É a mesma que, em lágrimas, ao encontrar o túmulo vazio, pensando que haviam roubado o corpo de Jesus, ouve dele a pergunta: “Mulher, por que choras?”. É a que ouve o Ressuscitado chamá-la pelo nome: “Maria!” A Maria Madalena que celebramos hoje é aquela a quem, em primeira mão, Jesus confia a missão de anunciar ao mundo sua ressurreição: “Vai e anuncia-me aos irmãos”.

Há dois mil Jesus confiou a uma mulher, o anúncio do maior acontecimento da história da humanidade em todos os tempos: sua ressurreição. Ao revelar-se a Maria Madalena que, por sua condição de mulher ocupava um lugar inferior na cultura hebraica, Jesus deixa claro sua rejeição a tudo que discrimina e menospreza não apenas a mulher, mas todas as categorias e segmentos da sociedade. Hoje, como Maria Madalena naquele dia junto ao túmulo, há muita gente que ainda pergunta: Onde está Jesus? Não é difícil encontrá-lo. Ele está na Palavra da Escritura Sagrada, na Eucaristia, na comunidade, no íntimo de cada um de nós, nas crianças, nos pobres, e sobretudo nos espoliados e crucificados do mundo.

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