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Santa Maria Bertila

Redação - 20 de outubro de 2018 - 09:00

 Santa Maria Bertila nasceu na Itália, em outubro de 1888, com o nome de Ana Francisca. Desde pequena ajudava os pais no trabalho no campo. Aos 17 anos ingressou na Ordem das Religiosas de Santa Dorotéia, em Vicência e foi, nessa ocasião que recebeu o nome de Maria Bertila. Em Vicência fez o noviciado e emitiu os votos temporários. Daí foi para Treviso a fim de trabalhar num hospital, prestando serviço aos doentes. Para melhor exercer sua profissão e, através dela viver a vocação de servir a Jesus Cristo nos doentes, Maria Bertila estudou e adquiriu o diploma de enfermeira. Tinha como norma de vida ser a última em tudo, jamais procurar elogios, nunca falar de si mesma, nunca acusar ninguém, nunca justificar-se, mesmo quando injustamente repreendida, e fazer sempre os serviços mais humildes. Mas para realizar esses objetivos ela sofreu muito. Aos 22 anos foi operada de um tumor. Quando voltou às suas costumeiras obrigações, viu-se obrigada, em virtude da segunda guerra mundial, a assumir um maior volume de trabalho. Quando os doentes, por causa dos violentos bombardeios, foram transferidos para Brianza, ela os acompanhou. Mas ao chegar lá foi designada para trabalhar na lavanderia. Longe de seus queridos doentes ela sofria muito, chorava às escondidas, mas não reclamava e tudo aceitava em silêncio, porque para ela, mais importante que tudo era aceitar a vontade de Deus. Um ano depois ela voltou para Treviso e às atividades de enfermeira junto aos seus queridos doentes, mas a essa altura seu mal havia se agravado muito e ela faleceu no dia 20 de outubro de 1922, após haver sido submetida a uma segunda cirurgia. Tinha então 34 anos de idade. Sua agonia resignada e serena converteu o médico chefe do hospital. Santa Maria Bertila foi canonizada pelo Papa João XXIII, em maio de 1961.

Hoje, nesse nosso mundo onde muitas vezes os doentes que não têm recursos financeiros, são tratados com desinteresse; onde a eutanásia a cada dia vai ganhando mais adeptos, onde alguns profissionais da saúde se interessam mais pela doença e conta bancaria do doente do que pelo doente, Santa Maria Bertila nos diz que conhecimento e competência são importantes, mas não são tudo. Muitas vezes mais que eficiência profissional, o que o doente necessita para se curar é ser reconhecido como pessoa, é se saber valorizado e amado. De fato, competência pode curar o corpo, mas só o amor pode fazer alguém se sentir gente, pessoa por inteiro.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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