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Santa Liduína

Redação - 14 de abril de 2019 - 09:00

Santa Liduína, ou Santa Ludovina nasceu em Schiedman, na Holanda. Seus pais, que eram pobres, mas honestos e muito religiosos, lhe deram formação cristã e com eles ela aprendeu a amar também Nossa Senhora. Liduína era uma menina lindíssima, tinha muitos admiradores entre os jovens do lugar, mas rejeitava todas as propostas de casamento, alegando que já havia se consagrado a Jesus Cristo. Dizem que para se livrar dos pedidos de casamento, ela implorou a Deus que lhe tirasse a beleza do rosto e toda a formosura. No dia dois de fevereiro de 1395, festa de Nossa Senhora das Candeias, Liduína foi com algumas amigas a um campo de patinação. Tinha então 15 anos de idade. Estava apreciando as evoluções dos patinadores, quando foi derrubada por um fortíssimo empurrão, dado por uma companheira que não a tinha visto. Na queda Liduína fraturou duas costelas e teve comprometidos para sempre os pulmões, o fígado e o estômago. Nunca se restabeleceu do acidente e durante o resto da vida teve de sujeitar-se aos mais dolorosos tratamentos, que eram, ainda por cima, agravados pela extrema pobreza da família. Além desses sofrimentos, ela foi atingida pela peste, por ocasião de uma epidemia que assolou a Holanda. Seu confessor animou-a a meditar sobre a paixão de Jesus, e nela Liduína encontrou conforto e consolo para suas enfermidades. Apesar de paupérrima, repartia com os pobres as esmolas que recebia e sem cessar oferecia seus sofrimentos pela conversão dos pecadores e alivio das almas do purgatório. No fim da vida, as dores causadas pelos cálculos renais eram tão atrozes que, para encontrar algum alivio, precisava deitar-se sobre duras tábuas. Ela morreu no dia 14 de abril de 1433. Uma piedosa lenda diz que, após a morte, seu corpo recobrou a formosura primitiva.

Hoje Santa Liduína nos convida a refletir sofre esse grande mistério da vida, que é o sofrimento. Há dois tipos de sofrimento. Um que tem raízes no egoísmo humano, é fruto da injustiça, da ganância e da prepotência do mais forte sobre o mais fraco, e outro que é inerente à fragilidade humana. Ao primeiro devemos dizer não com todas as nossas forças e tudo fazer para extirpá-lo da face da terra. De referência ao segundo, quando somos totalmente impotentes ante as aflições que nos atingem, as perdas que nos ferem, e as doenças que nos limitam, devemos, como santa Liduína, não nos revoltar, mas aceitar com resignação, porque este sofrimento é portador de vida, vez que carrega em si uma dimensão libertadora e salvadora.

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