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Santa Ida

Redação - 12 de abril de 2019 - 09:00

Santa Ida nasceu no ano 1040. Era filha de Godofredo, duque de Lorraine e, portanto, descendente de Carlos Magno. Recebeu de Doda, sua mãe, uma educação baseada nos princípios do Evangelho. Aos 17 anos, para satisfazer a vontade do pai, casou-se com Eustáquio II, Conde de Bolonha. Eustáquio era um homem bom e sensato, respeitava seus sentimentos religiosos, e os dois viveram um matrimônio feliz. Tiveram várias filhas e três filhos: Eustáquio III que herdou o condado de Bolonha, Godofredo de Bulhão que se tornou rei de Jerusalém após haver conquistado a Terra Santa e Balduíno que sucedeu a seu irmão como rei de Jerusalém. Uma das filhas casou-se com Henrique IV, Imperador da Alemanha e feroz adversário do Papa Gregório VII. Apesar de pertencer à nobreza e ocupar alta posição na Corte, Santa Ida não se empolgava com sua grandeza e brilho. Humildade, caridade evangélica e desapego aos bens materiais, eram a marca registrada de sua vida. Indigentes, estrangeiros, viúvas e órfãos recorriam a ela e nunca deixavam de ser atendidos. Gostava de confeccionar com as próprias mãos os ornamentos sacros para o altar e paramentos litúrgicos e, ajudada pelo marido, restaurou várias igrejas, inclusive o Santuário de Nossa Senhora de Bolonha. Santa Ida teve como diretor espiritual Santo Anselmo, que era monge na Normandia e escreveu para ela, várias obras. Após a morte do marido, vendeu parte de seus bens para reformar e embelezar antigas abadias e fundar novos mosteiros. Santa Ida morreu no dia 13 de abril de 1113, aos 73 anos de idade e está enterrada em Wast, numa das abadias que ajudou a construir. Sua morte foi chorada por todos os seus súditos e em especial pelos pobres, viúvas e órfãos.

Estamos vivendo num mundo onde a corrupção germina como uma praga, onde os direitos básicos da população, principalmente da mais pobre, não são levados em conta, onde os que ocupam o poder são mais temidos que amados. Para esse mundo, Santa Ida, uma mulher nobre e rica, que foi capaz de conviver de perto com o luxo e o poder sem abdicar de seus valores cristãos, e soube dar à arte de governar seu verdadeiro sentido, traz uma lição: administra bem e sabiamente quem não usa do poder para desfrutar de honrarias e vantagens pessoais, mas quem, por que se deixa guiar pelos critérios do Evangelho, está atento às necessidades dos seus governados e faz do bem estar e felicidade deles o ponto de referência de suas decisões.

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