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Santa Gisela

Redação - 28 de março de 2019 - 09:00

Santa Gisela nasceu por volta do ano 985. Era filha do duque bávaro, Henrique, chamado “O Briguento”, e de sua esposa, Gisela de Borgonha. Apesar de desde cedo sentir-se inclinada à vida religiosa, por vontade do pai casou-se com Estêvão, rei da Hungria. Na festa da Assunção de Nossa Senhora do ano 1000, ela foi coroada e ungida a primeira rainha cristã dos húngaros. O casamento de Gisela teve uma importância muito grande para a Igreja Católica. Por influência dela, Estêvão, seu esposo, não apenas se converteu, como passou a colocar a conversão de seus súditos, como um de seus principais objetivos, e por esse motivo o cristianismo se expandiu rapidamente no país. Juntos eles construíram, acabaram e embelezaram muitas igrejas, mandando vir escultores gregos para este fim. Como mãe, Santa Gisela conheceu muito de perto a dor e o sofrimento. Seu primeiro filho morreu, quando ainda criança e sua primeira filha faleceu na adolescência. As duas outras filhas se casaram, acompanharam os maridos para terras distantes e ela nunca mais as viu. Seu filho Américo, que deveria ser o sucessor do trono, faleceu ainda jovem. Após 38 anos de feliz casamento, Gisela ficou viúva. Sozinha, sem os filhos, foi vítima da ganância dos húngaros nacionalistas pagãos que queriam tomar-lhe a coroa e dizimar de vez o cristianismo. Foi perseguida, maltratada, sofreu as maiores hostilidades e humilhações, teve os bens confiscados e chegou a ser presa. Somente após quatro anos, Henrique III conseguiu a sua liberdade. Ela voltou, então, para sua terra natal e ingressou na Ordem das Beneditinas onde chegou a ser eleita abadessa e onde ficou durante 23 anos. Faleceu no dia sete de maio de 1065.

Hoje, como no passado, vivemos numa sociedade de profundos contrastes. De um lado pessoas que se alimentam fartamente, do outro, famintos e desnutridos. De um lado pessoas residindo em mansões, do outro, caricaturas de seres humanos vivendo em palafitas, favelas, túneis e calçadas. Hoje Santa Gisela, que passou pelas situações mais extremadas, que foi rainha e prisioneira, reverenciada e maltratada, que conheceu na pele o conforto do palácio e a dureza da prisão, que mesmo em meio às maiores dificuldades conseguiu manter intacta sua fé, nos assegura que em toda e qualquer situação o que jamais podemos fazer é deixar de confiar em Deus. Ser cristão é nunca perder a esperança.

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