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Santa Francisca Romana

Redação - 09 de março de 2019 - 09:00

Santa Francisca Romana nasceu em Roma, no ano 1384, e pertencia à nobreza romana. Desde pequena desejou entregar toda sua vida a Deus e ser monja, mas em obediência aos pais e aconselhada por seu orientador espiritual, casou-se aos 13 anos, com Lourenço de Ponzani. Seu esposo, que era nobre e rico, deu-lhe títulos e riquezas, e tiveram três filhos: Inês e João Evangelista que morreram pequenos, e João Batista. Francisca viveu numa época de papas e anti-papas, quando Roma estava dividida pelo cisma do Ocidente. Lourenço pertencia ao partido dos Orsini que lutavam a favor do papa e contra os colonna que, por sua vez, apoiavam Ladislau de Nápoles. Numa dessas batalhas, Lourenço foi derrotado, ficou gravemente ferido e, quando Ladislau entrou vitorioso em Roma, levou, como refém, junto com outros jovens, seu filho João Batista. Todas essas provações fizeram Francisca sofrer, mas não abalaram sua fé, e ela, apesar de todos os reveses, continuou confiando em Deus. Com as lutas nas ruas, os saques se tornaram constantes, e o número de famintos e necessitados crescia cada dia mais. Como Francisca era muito rica, seu palácio tornou-se o ponto preferido dos pobres e necessitados que, à porta dele, formavam longas filas, à espera de uma ajuda que jamais faltava. Ela era incansável, quando se tratava de aliviar a fome e a dor dos que sofriam. Sempre solidária e pensando mais nos outros que nela mesma, Francisca repartia tudo com todos. Logo outras senhoras desejosas de imitar seus impulsos generosos juntaram-se a ela, e foi assim que nasceu a Congregação das Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova. Em 1436, quando o marido morreu, Francisca retirou-se para a casa das Oblatas, e foi nessa ocasião que ela assumiu o nome de Romana. Foi nomeada Superiora Geral da Congregação, cargo que desempenhou até o dia de sua morte. Quando faleceu, em nove de março de 1440, seu corpo ficou exposto durante três dias na igreja de Santa Maria Nova. As crônicas da época registram que a cidade inteira de Roma lhe prestou homenagens.

Hoje a fila dos necessitados continua longa. O que é pequena é a fila dos que põem sua confiança em Deus e não no dinheiro; o que é diminuta é a fila dos que repartem e não guardam apenas para si o que possuem; o que ainda é ínfimo é o número dos que saem de seu egoísmo para ir ao encontro dos pobres e doentes que clamam por amor, solidariedade e justiça.

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