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Santa Catarina de Gênova

Redação - 22 de março de 2019 - 09:00

Santa Catarina de Gênova nasceu em Gênova, Itália, no ano 1477. Seu pai era o vice-rei da cidade. Aos 13 anos ela foi enviada pelos pais para um mosteiro, a fim de estudar. Seus pais, porém, na tentativa de reconciliar-se com a rica família Adorno, com a qual vivia em litígio por muito tempo, resolveram tirá-la do convento e dá-la em casamento a Juliano Adorno. O marido de Santa Catarina logo se revelou um homem ambicioso, amante dos prazeres do mundo e terminou dilapidando todos os seus bens. Ela rezou muito, e Deus na sua imensa bondade atendeu às suas preces, pois o marido terminou convertendo-se. Santa Catarina permaneceu casada durante 13 anos. Após a morte do marido, ela realizou o desejo de entrar para a Ordem Terceira de São Francisco, entregando-se inteiramente à oração, à prática de obras de misericórdia e em especial ao cuidado com os doentes, num hospital de Nápoles. Durante os anos de 1497 a 1501, por ocasião de uma epidemia de peste que se abateu sobre a cidade, ela não descansava, percorrendo as ruas e ajudando as vítimas da doença. Nos seus últimos anos de vida foi acometida por uma enfermidade que muito a fez sofrer. Entretanto, mesmo em meio às maiores dores, ela não cessava de bendizer a Deus por tudo, inclusive pelo sofrimento. Santa Catarina de Gênova deixou alguns escritos nos quais descreve sua caminhada espiritual. Esses escritos foram reunidos num livro intitulado “Vida e Doutrina”, e que foi publicado após sua morte. Catarina de Gênova faleceu em 1510.

No mundo de hoje onde a saúde ainda é inacessível à maioria das pessoas, especialmente às mais pobres, Santa Catarina de Gênova, que sentiu na própria pele o infortúnio da doença, e na alma a dor causada pela doença dos irmãos, nos convida a algumas reflexões: Se todos os doentes, pobres ou ricos, poderosos ou humildes, merecem indistintamente nossa compaixão e solidariedade, nem todas as doenças devem ser vistas sob uma mesma ótica. Diante das enfermidades inevitáveis, porque inerentes à condição e fragilidade humanas, nossa resposta não pode ser diferente da de Jesus no Calvário: “Pai, afasta de mim este cálice, mas não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Diante porém dos males que têm origem na ganância, na irresponsabilidade e no egoísmo humano, nossa resposta só pode ser de indignação e repúdio e, mais que isso, de luta em prol de uma política de saúde mais humana e menos excludente.

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