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Santa Catarina busca Indicação Geográfica para valorizar produção regional

Governo de SC - 18 de setembro de 2019 - 13:30

Governo do Estado, produtores rurais e iniciativa privada trabalham juntos para obter a Indicação Geográfica (IG) do Mel de Melato da Bracatinga, dos Vinhos de Altitude de Santa Catarina e da Maçã Fuji da Região de São Joaquim. Os três produtos têm origem na Serra catarinense e podem se tornar um patrimônio regional, valorizando a produção local e estimulando outros setores, como o turismo. O primeiro passo para obtenção da IG foi dado nesta terça-feira, 17, quando a Epagri entregou os documentos de delimitação geográfica das Indicações Geográficas, que farão parte de um dossiê a ser encaminhado para análise do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Com a Indicação Geográfica, os produtores poderão utilizar um selo de origem em seus produtos, que dará aos consumidores a garantia da qualidade diferenciada do mel, vinho ou maçã. "Esse é o primeiro passo para o reconhecimento de cadeias produtivas importantes para todo o estado, em especial para a região Serrana. Os produtos catarinenses já são reconhecidos pela sua qualidade em todo o mundo e a Indicação Geográfica vem para coroar o trabalho dos técnicos e produtores", destaca o secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto.

A Indicação Geográfica é uma certificação, concedida pelo INPI, que garante que apenas um produto tem determinadas propriedades porque sua produção é influenciada por características ambientais ou culturais da região. Santa Catarina já tem as IGs Vales da Uva Goethe e Banana Corupá. As IGs do Queijo Artesanal Serrano e a da Erva-mate do Planalto Norte Catarinense estão em avaliação no INPI.

Valorização Regional

A expectativa é de que os três projetos de Indicação Geográfica sejam entregues ao INPI em dezembro. O analista do Sebrae, Alan Claumann, explica que o IG abre oportunidades para valorização das cadeias produtivas, dos produtores e do saber fazer. "Na Serra catarinense notamos uma quantidade enorme de produtos singulares que compõem aquele território. Além disso, o IG abre uma oportunidade para aumentar o fluxo de pessoas, como já acontece com o champagne, o vinho do porto e tantas outras regiões no mundo".

Mel de Melato da Bracatinga
O Mel de Melato da Bracatinga é um tipo diferente de mel. Ele não é produzido pelas abelhas a partir do pólen das flores, mas de um resíduo alimentar da cochonilha, que é um inseto que se aloja no caule da bracatinga, árvore nativa da Mata Atlântica. Em Santa Catarina, 95% da produção desse mel é exportada. A Alemanha é o principal país comprador. A região delimitada pelos pesquisadores da Epagri para essa IG compreende 111 municípios catarinenses, que representam 45% da área do Estado. A IG vai se estender por 8,5% do território do Paraná, na região do Vale do Iguaçu, e vai alcançar ainda 7% da área do Rio Grande Sul, na região conhecida como Campos de Cima da Serra.

Maçã Fuji da Região de São Joaquim
Além de São Joaquim, os municípios de Bom Jardim da Serra, Painel, Urubici e Urupema estão entro da área delimitada pelos pesquisadores da Epagri para compor a IG da Maçã Fuji da Região de São Joaquim. Esses municípios produzem uma maçã Fuji que se destaca por ser mais vermelha, maior e com formato perfeito. Isso porque acumulam mais horas de frio, o que deixa o desenvolvimento da fruta mais lento e uniforme. Além das horas de frio, serviram como critérios para delimitação dessa IG a altitude superior a 1.100 metros e outras características ambientais que unificam os municípios compreendidos. A IG é uma demanda da Associação dos Produtores de Maçã e Pera de SC (AMAP).

Vinhos de Altitude
Para a IG dos Vinhos de Altitude de Santa Catarina, a Epagri delimitou 23,2% da área do Estado, onde a altitude é superior a 900 metros. São ao todo 41 propriedades, espalhadas por 32 municípios. Além das caraterísticas ambientais, essa IG leva em conta sobretudo a notoriedade das regiões produtoras. Desde 2008 a Epagri conta com um cadastro das vinícolas produtoras de vinhos de altitude no Estado. Esse levantamento foi atualizado em 2013 e novamente em 2019 para apoiar a delimitação da IG, que foi solicitada pela Vinho de Altitude – Produtores e Associados.

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