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Santa Ângela de Mérici

Redação - 27 de janeiro de 2019 - 09:00

Santa Ângela de Mérici, a fundadora da Congregação das irmãs Ursulinas, nasceu em Bréscia, Itália, por volta do ano 1470. Era filha de camponeses, pessoas simples, mas de grande religiosidade e amor à Igreja. Viveu na época renascentista, ou seja, numa época de grande prosperidade econômica e de florescimento das artes, mas também de muita agitação do ponto de vista religioso, tendo sido contemporânea de Martinho Lutero. Ângela ficou órfã muito jovem e, juntamente com a irmã, foi entregue aos cuidados de um tio que morava em outra cidade. Pouco tempo depois perdeu a irmã, e quando o tio morreu, resolveu voltar para sua cidade, com o objetivo de consagrar-se à educação e instrução religiosa da juventude feminina. Essa era uma idéia revolucionária numa sociedade que se preocupava apenas em preparar meninos e rapazes para as carreiras política, militar e diplomática. Começou o trabalho junto às famílias que lhe confiavam a educação de suas filhas. Aos poucos a obra foi se expandindo, sua fama de educadora foi se espalhando, e logo vieram pedidos para que ela criasse escolas semelhantes em outras cidades. Em 1535 ela fundou em Bréscia, a Companhia de Santa Úrsula, um Instituto que abrigava mulheres que não queriam ou não podiam entrar num convento, mas que desejavam viver mais profundamente a fé católica. Esse foi o primeiro Instituto Religioso de Ensino na Europa e também o início da Congregação das Irmãs Ursulinas que hoje se encontra espalhada no mundo inteiro, desenvolvendo atividades pedagógicas, inclusive junto às populações mais carentes. Santa Ângela de Mérici morreu no dia 27 de janeiro de 1540, e só algum tempo após sua morte foram impressas as regras da Congregação das Irmãs Ursulinas. Foi canonizada em 1807.

Para o mundo de hoje onde a mulher ainda não é devidamente valorizada, Santa Ângela de Mérici, a jovem criativa, sensível aos apelos de seu tempo e atenta às necessidades das classes mais carentes, a mulher que revolucionou os costumes vigentes da época, profundamente machistas, abrindo espaços para a mulher discriminada e inferiorizada, nos aponta para uma verdade inquestionável: é impossível construir uma sociedade justa, igualitária e fraterna sem educação para todos, sem que homens e mulheres possam usufruir de iguais deveres e direitos.

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