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Santa Ângela de Foligno

Redação - 04 de janeiro de 2019 - 09:00

Santa Ângela de Foligno nasceu em 1248, na pequena cidade de Foligno, Itália. De família abastada, casou-se muito nova com um nobre rico e teve vários filhos. Durante quase 40 anos viveu uma vida de luxo, vaidade, diversões e prazeres mundanos, deixando em segundo plano sua família, e pouco ou nada cuidando de sua vida espiritual. Aos 37 anos, após haver perdido, em curto espaço de tempo os pais, o marido e os filhos, Santa Ângela deu um novo rumo à sua vida. Diante dos trágicos acontecimentos que a envolveram, mostrou uma força de ânimo incomum. As duras provações e perdas, em vez de mergulhá-la no desespero, levaram-na a refletir sobre a vida vazia, fútil, acomodada e vaidosa que praticava. Partiu então para uma mudança radical de costumes. Grande admiradora de São Francisco de Assis, um dia sonhou com o santo que a aconselhava a trilhar o caminho da perfeição. Santa Ângela levou a sério o sonho, abandonou tudo, doou todos os seus bens aos pobres e ingressou na Ordem Terceira Franciscana, passando a viver uma vida de reclusão que era interrompida apenas por algumas peregrinações à cidade de Assis. Uma dessas peregrinações marcou profundamente sua vida, pois nela viveu experiências místicas desconcertantes, testemunhadas por seu próprio confessor e parente, beato Arnaldo de Foligno. Santa Ângela procurava imitar São Francisco no amor à pobreza e no serviço aos irmãos. Seus grandes lemas eram a humildade, a pobreza, a caridade e a paz. Ela foi uma das primeiras santas místicas italianas, e sua experiência mística foi tão profunda e singular, que foi incompreendida até por seus contemporâneos. Santa Angela de Foligno ocupa lugar junto aos grandes místicos, como Santa Teresa e São João da Cruz, e ficou conhecida como “Mestra dos Teólogos”. No seu “Livro da experiência dos verdadeiros fiéis”, ela conta as graças extraordinárias com que o Senhor a cumulou. Morreu em 1309, em sua terra natal, aos 60 anos de idade.

Hoje Santa Ângela de Foligno, que teve a sabedoria de aproveitar as dificuldades e sofrimentos para tomar consciência de suas fraquezas e pecados e fazer o caminho de volta para Deus, nos incentiva a fazer o mesmo. Essa não é uma viagem fácil nem tranquila, pois às vezes chegamos mais depressa ao outro lado do mundo que ao interior de nós mesmos, mas saber de onde viemos, quem somos, qual o sentido de nossa vida, é condição fundamental para o encontro com Deus e com o próximo.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

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