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Sangue umbilical pode curar leucemia também em adultos

Dourados News - 25 de novembro de 2004 - 16:00


O sangue do cordão umbilical, utilizado até agora para tratar com êxito leucemia em crianças, pode salvar a vida de cerca de 16 mil adultos por ano.

Rico em células-tronco, este tipo de sangue pode substituir enxertos de medula óssea em adultos que não conseguem encontrar doadores compatíveis, segundo trabalhos de duas equipes de pesquisadores, uma norte-americana e outra européia, divulgados pelo "New England Journal of Medicine".

No estudo europeu, que avaliou 682 doentes, pacientes que receberam sangue umbilical tinham praticamente o mesmo potencial de cura que os do grupo que recebeu enxertos de medula óssea, dois anos depois do tratamento. O estudo norte-americano avaliou 601 pacientes, durou três anos e teve resultados igualmente prometedores.

Os portadores de leucemia são tratados por quimioterapia ou radiações para destruir as células cancerosas, o que enfraquece o seu sistema imunológico, que os médicos reconstituem com transfusões de sangue provenientes do cordão umbilical ou com enxertos de medula óssea.

Os dois estudos basearam-se em transfusões e enxertos realizados entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000.

As células-tronco contidas na medula e no sangue umbilical desenvolvem-se para se converter em glóbulos vermelhos e brancos, que formam o sistema imunológico.

Uma das grandes vantagens das células-tronco com origem no sangue umbilical é que elas têm menos tendência para atacar as células do corpo de quem as recebe, explicam os pesquisadores.

Até agora, o sangue umbilical só era usado para tratar crianças com leucemia porque cada doação contém apenas um décimo das células-tronco obtidas na doação de medula óssea adulta.

O volume de sangue extraído dos cordões umbilicais e da placenta no momento do nascimento terá de quadruplicar para responder à procura dos adultos com leucemia.

A aposta dos pesquisadores para resolver o impasse é lançar mão do sangue umbilical proveniente dos 4 milhões de nascimentos registrados por ano nos Estados Unidos, material muitas vezes jogado fora.



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