Almejo uma gota de orvalho.
O que tenho é um sol árduo, escaldante,
Ânsia lamuriosa, incessante.
Quem dera ser abrolho!

Espera que entedia e faz sofrer,
Gota que promete crescer,
Eu continuo em prece,
Desejando que a sede cesse.

Sou inimiga de mim? Ah! Não sei.
Talvez infante em eterno crer.
Ouço, medito e julgo saber,
Mas o tempo me faz ver que errei.

(Sandra Gonçalves Ferreira)
18/05/09